Uma pessoa que trabalha na área contou que traficantes exigem o pagamento para permitir a circulação dos caminhões de gás. Por causa da violência, a empresa encerrou, na sexta-feira (5), o serviço de entrega na Região Oceânica por conta de sequestros de funcionários e ameaças de traficantes.

“Há meses estamos trabalhando sob pressão. Em 2016, tivemos um motorista sequestrado permanecendo por cinco horas sendo aterrorizado. Mas a polícia local interveio, de maneira eficaz, recuperando o veículo e o motorista. Este ano, já no dia 2, tivemos um outro funcionário levado por eles. Mais uma vez, a polícia local recuperou o carro e o motorista, que nos trouxe a seguinte ordem: ou paga ou não permitiremos que os carros de vocês circulem", relata ele.

Ainda segundo ele, os pagamentos não foram feitos e houve novas ameaças.

"Como não acatamos as ordens, eles pegaram um outro motorista ameaçando pôr fogo no veículo da empresa. Por conta disso, achamos melhor retirarmos nossos veículos de circulação. Os funcionários não estão trabalhando, não podendo trabalhar. A empresa com tributos altíssimos a pagar e a população sem gás. É o escárnio que está acontecendo na Região Oceânica de Niterói”, desabafou o empresário.

Em redes sociais, ele avisa que quem quiser comprar o gás terá de ir diretamente à loja. Ele relatou que pelo menos dois funcionários pediram demissão nos últimos meses com medo da violência e foram morar no interior do estado. A distribuidora vendia em média 200 botijões de gás por dia. Agora, o faturamento caiu 70%.