Campeão olímpico com a seleção brasileira masculina de vôlei, em 1992, José Roberto Guimarães aceitou o desafio de comandar as mulheres do país há 14 anos e, desde então, a coleção de medalhas só aumentou. Mas está enganado quem acha que a vida do treinador foi fácil neste período. Acostumado a dividir as quadras com os homens, ele revelou que precisou repensar a sua forma de trabalhar. Em entrevista ao SporTV, no Dia Internacional da Mulher, ele disse que foi importante reconhecer os seus exageros para conquistar as suas comandadas.

- A mulher leva muito para o pessoal. Você dá uma bronca, você chama a atenção e escuta: "Mas é só comigo". Eu fui amolecendo, eu fui me amoldando nessas situações e pedindo desculpas quando acho que exacerbei, quando fui muito agressivo.

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Aos longo dos últimos 14 anos, subir ao pódio virou uma rotina para Zé Roberto, tanto que ele se transformou no técnico mais vitorioso da seleção feminina.  Mesmo assim, o treinador ainda brincou e ao afirmar que não conhece nada do universo das mulheres.

- Eu acho que eu não entendo absolutamente nada. As mulheres dizem sempre que os homens são sempre iguais. Isso é pelo fato delas serem diferentes todos os dias.

Desde que assumiu o comando da seleção brasileira feminina de vôlei, Zé Roberto Guimarães conquistou duas medalhas olímpicas de ouro, oito títulos do Grand Prix, sete Sul-Americanos, um Pan-Americano, entre outros. 

José Roberto Guimarães passa informações para as suas jogadoras durante os Jogos do Rio (Foto: Divulgação FIVB)