Por Reuters


O fundador do WikiLeaks, Julian Assange — Foto: Peter Nicholls/Reuters

O Equador confirmou nesta quinta-feira (11) que concedeu a naturalização ao fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, em dezembro passado. A informação foi dada à imprensa pela chanceler do país latino-americano, María Fernanda Espinosa.

"A naturalizaação foi concedida no dia 12 de dezembro de 2017", disse Espinosa, acrescentando que Quito pediu a Londres o reconhecimento de Assange como "agente diplomático equatoriano", o que foi negado.

Mais cedo, um porta-voz do Escritório de Relações Exteriores do governo britânico havia informado que o Reino Unido rejeitou o pedido de status diplomático a Assange.

O fundador do WikiLeaks mora há mais de cinco anos na embaixada equatoriana em Londres, sem poder sair do edifício. Ele obteve asilo em 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia por acusações de estupro.

"O governo do Equador recentemente solicitou status diplomático para o sr. Assange aqui no Reino Unido", disse o porta-voz. "O Reino Unido não atendeu ao pedido, nem estamos em conversações com o Equador sobre essa questão."

"O Equador sabe que a maneira de resolver essa questão é que Julian Assange deixe a embaixada para encarar a Justiça", disse o porta-voz.

O pedido do Equador foi feito depois que a Suécia retirou, em maio, a investigação contra Assange por estupro que o levou a pedir asilo na embaixada equatoriana, mas a polícia britânica disse que ainda assim ele será detido se deixar o prédio.

Assange, que nega as acusações de estupro, teme ser deportado para os Estados Unidos para enfrentar acusações pela publicação pelo WikiLeaks de milhares de documentos militares e diplomáticos secretos dos EUA, em um dos maiores vazamentos de informações da história do país.

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