Cinema

Por Carol Prado, G1


Filme ‘A Bela e a Fera’ segue tendência da Disney de modernizar seus personagens

Filme ‘A Bela e a Fera’ segue tendência da Disney de modernizar seus personagens

Há 26 anos, um "conto tão velho quanto o tempo" rendeu US$ 424 milhões à Disney e, aplaudido por crítica e público, ganhou uma indicação inédita ao Oscar. Tornou-se uma das mais clássicas animações da história.

Nesta quinta (16), "A bela e a fera" retorna na leva de recriações dos sucessos do estúdio, mais uma vez com a promessa de lucro farto nas bilheterias, mas sem muitas novidades - ao menos à primeira vista.

A versão live-action (mistura de animação e atores reais) da história é uma cópia fiel da produção de 1991. Em uma entrevista divulgada pela Disney, o diretor Bill Condon disse que chegou a se questionar se uma nova versão era mesmo necessária.

"Por que uma nova versão de algo perfeito?"

Segundo ele, a resposta está na oportunidade de contar a história com fotorrealismo e destacar Bela "como uma heroína do século 21". De fato, a protagonista recebe certa atualização - vamos falar disso daqui a pouco. Mas, ao assistir ao filme, o que chama a atenção é a reprodução quase exata de momentos do antigo "A bela e a fera". Algumas cenas são cópias fiéis, quadro a quadro, palavra por palavra dos diálogos. Duvida? Veja nos gifs abaixo.

Maurice em perigo

— Foto: Reprodução

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Chegando ao castelo

— Foto: Reprodução

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O 1º encontro com a Fera

— Foto: Reprodução

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'Você fala!'

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Muito prazer, Chip

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Luta com lobos

— Foto: Reprodução

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A dança

— Foto: Reprodução

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Mas e as diferenças?

O passado dos protagonistas é desvendado: É a novidade mais evidente. Emma Watson já havia antecipado que o filme aprofundaria a história da animação original. Não há grandes revelações, mas alguns personagens esquecidos do passado do casal são revelados, como a mãe de Bela e os pais da Fera (Dan Stevens). Sem spoilers, dá para dizer os acontecimentos pregressos ajudam a entender a personalidade dos dois, que ganham mais consciência na nova versão.

Há mais diversidade: Seguindo o esforço para modernizar seus personagens - traduzido mais efetivamente em filmes como "Moana", "Frozen" e "Valente" -, a Disney tentou adaptar o conto de fadas a uma realidade mais condizente com o século 21. Há mais diversidade racial no elenco e, mesmo discreta, a trama de LeFou (Josh Gad), apaixonado pelo chefe Gaston (Luke Evans), discute sexualidade em um terreno inédito.

Josh Gad e Luke Evans em cena do filme — Foto: Divulgação

Bela está mais corajosa: A mocinha ainda é uma donzela em perigo - salva pela Fera de um ataque de lobos -, mas voltou mais forte e corajosa. Muito mais do que na animação, ela peita de frente o monstro e arquiteta planos para fugir do castelo onde é feita prisioneira. A mudança pode ser interpretada como reflexo da postura da própria Watson, uma das maiores ativistas do feminismo em Hollywood.

A feiticeira tem papel mais importante: Lembra da feiticeira que amaldiçoou o príncipe, transformando-o numa terrível criatura? Embora seja decisiva para a história, a personagem aparece pouco na animação. Desta vez, ela ganha mais destaque. Volta como uma moradora da vila próxima ao castelo, que aparece em vários momentos chave da trama.

A nova versão é, mais do que tudo, um musical: Se "La la land" abriu o ano com música, o novo "A bela e a fera" vem para manter o ritmo. O filme tem novas canções e dá mais atenção aos números musicais, que ganham mais cor e grandiosidade. Consideradas um sacrilégio para os detratores de filmes do gênero, as músicas são o ponto mais forte do "A bela e a fera" de 2017.

Trailer de 'A Bela e a Fera'

Trailer de 'A Bela e a Fera'

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