Edição do dia 26/03/2017

26/03/2017 09h01 - Atualizado em 26/03/2017 09h01

Criadores de gado e aves de GO têm prejuízo com interdição de frigoríficos

Em Goiás, preço da arroba do boi já caiu.
Criadores não sabem o que fazer com aves prontas para o abate.

A operação Carne Fraca também interfere no campo e os criadores vivem o momento de incertezas no mercado. Em Goiás, com a interdição de frigoríficos, o preço da arroba do boi caiu e nas granjas o problema é saber o destino que será dado as aves.

No sudoeste de Goiás, duas fabricas de uma empresa investigada produzem carnes de frango, peru e suíno. O funcionamento de uma delas, em Mineiros, foi temporariamente suspenso. Em toda região são mais de seiscentas granjas.

Na fábrica de Mineiros, são abatidos 25 mil perus e 100 mil frangos diariamente. Com a interdição, o drama dos criadores foi encontrar outros frigoríficos para o abater dos animais. 

Interromper a produção, mesmo parcialmente, pode comprometer anos de planejamento. É o que diz o presidente da associação que representa os produtores integrados de Rio Verde, Pedro Cláudio de Azevedo. “Nós temos que imaginar que essa produção vem sendo programada, no caso do suíno, há mais de três anos. No caso da avicultura, há um ano. Não é um pintinho que está nascendo hoje. Por trás dessa cadeia tem uma locomotiva muito forte”.

Não é só quem cria aves que está apreensivo. O pecuarista goiano está preocupado com o preço do boi. Do ano passado para cá, a arroba sofreu uma desvalorização de 15%. Essa semana, por causa da crise da carne, caiu mais ainda.

O ministério da agricultura suspendeu temporariamente a licença de exportação de um frigorífico de Goianira, região central de Goiás. A fábrica, que compra gado de mil pecuaristas da região, baixou no meio da semana o preço pago ao produtor: a arroba caiu de R$ 132 para R$ 128.