Em São Paulo, um novo endereço na Avenida Angélica vem sendo habitado por algumas das startups mais promissoras do país. Desde fevereiro, o
inovaBra habitat
, um espaço colaborativo de co-inovação idealizado pelo banco Bradesco, fomenta negócios apoiados em seus eixos tecnológicos: Blockchain, Inteligência Artificial, Plataformas Digitais, Open API, Computação Imersiva, Big Data, Algoritmos e Internet das Coisas.
O ecossistema do inovaBra habitat é formado por corporates, fundos de investimentos, educadores e gigantes de tecnologia. No centro, startups selecionadas produzem inovação. O banco atua transversalmente, estimulando novos negócios por meio de networking e troca de conhecimentos.
Especializada em logística reversa de compensação ambiental, a Eu Reciclo ocupa uma sala com 13 posições. Para a gerente de marketing Gabriela Reis, a visibilidade gerada pelo banco e a infraestrutura do espaço contribuem para voos mais altos.
Além da área dedicada à criação de conteúdo, o prédio de 22 mil metros quadrados abriga um auditório para 140 pessoas, lounges de convivência, terraço, sala para produção de protótipos e prática de design thinking. “Aqui conseguimos produzir vídeos e outros materiais”, exemplifica Gabriela.
Atualmente, mais de 160 startups convivem lado a lado com cerca de 60 corporações. O objetivo das companhias é colher inovação na fonte, o que pode acontecer durante uma rodada de chope, nas aulas de ioga ministradas no
rooftop
ou nos encontros mensais de líderes, a chamada ‘pizza dos CEOs’.
Os cachorros são bem-vindos. Conexões com os donos dos pets surgem até mesmo nos elevadores. O simpático Churros, da raça Whippet, aproveita o horário de expediente para brincar com pessoas novas. Na hora do almoço, a cobertura convida para um banho de sol ao lado de outros mascotes e empreendedores.
Dentro de uma atmosfera descontraída, a proposta do projeto é gerar resultados mensuráveis. Dessa forma, uma equipe de consultores do Bradesco trabalha criando sinapses que visam impulsionar os negócios dos habitantes. O time ainda organiza palestras, cursos e workshops – a grade é dinâmica e atende aos diversos setores do ecossistema.
“É cool e sério ao mesmo tempo”, observa Bruno Mahfuz, fundador do Guiaderodas, uma plataforma colaborativa que avalia e mapeia locais acessíveis a pessoas com dificuldades de locomoção. Além do aplicativo, a startup presta consultoria a empresas que buscam soluções personalizadas de acessibilidade.
Um dos primeiros habitantes do prédio, Mahfuz conta que encontrou no inovaBra habitat o local adequado para o estágio mais maduro do seu negócio. “Aqui nós experimentamos o real networking, absolutamente natural e produtivo. A curadoria do banco é fundamental porque gera oportunidades”, avalia.
Desde março, a empresa de soluções de compras colaborativas Smarkets também aproveita o local para cultivar relacionamentos e dar maior visibilidade ao serviço de negociação eletrônica. “A troca é bastante intensa. Eu consigo conversar com muitas pessoas estratégicas. Você pode bater na porta, oferecer um café e apresentar o seu produto. Quem convive aqui busca esse tipo de interação”, diz a executiva Mary Albuquerque.
Para fazer parte diariamente do ecossistema inovaBra habitat é preciso passar por uma seleção prévia. O custo varia de acordo com o número de lugares utilizados. O valor é repassado para a WeWork, rede global de espaços de trabalho que atua no projeto em parceria com o Bradesco. Dessa forma, as startups e corporações presentes com contam acesso às mais de 280 unidades no mundo. Mais de 90% do prédio já está ocupado. Ficou curioso? Também é possível conhecer o local por meio de um tour guiado ou participar de cursos e workshops, basta fazer a inscrição no site do
inovaBra habitat
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