Enquanto parte do público investe em visual de coroa de flores, cocar e outros adereços, ele teve de se contentar com dois gessos novinhos em folha e muletas, além de um machucado bastante visível no antebraço direito.

Mas por que, Claudio? "Sou fã do Metallica", justifica, como se não estivesse fazendo esforço algum. Mas vai ser a primeira vez vendo a banda ao vivo, Claudio, daí o sacrifício? "Não. Eu estava no Rock in Rio em 2015."

Nascido em Aracaju e morador da Cidade Dutra, Zona Sul de São Paulo, onde aconteceu o acidente, Claudio Marcelino Junior chegou de carona ao Lolla ("uma amiga me trouxe, mas foi embora"), cruzou o portão de entrada sozinho e sozinho continuou, conformando-se em ficar sentado no chão até a principal atração da noite, enfim, adentre o palco.

Ao menos demonstrou algum senso de autopreservação: ao falar com G1, estava devidamente acomodado em frente a um dos postos médicos do espaço do festival. "E, na hora do show, vou evitar ficar no meio da muvuca." Faz sentido.

Ele garantiu que ninguém desaconselhou que viesse ao Lollapalooza: "Moro com duas irmãs, elas estão sabendo, mas não falei para mais nenhum parente, nem para os amigos...". Mas como assim? "Iriam me acusar de irresponsável."

Seja como for, ao término deste primeiro dia de Lolla, o segredo terá de ser revelado aos mais próximos. "Vou ter de ligar para algum amigo vir me buscar", conformou-se.

Motivo adicional para lamentar: Claudio Marcelino disse que tinha luta marcada para 29 de abril. "Sou lutador de MMA... Vou ter de canceltar o combate", adiantou, resignado.

O cartel, diz, é de dez vitórias e três derrotas. A obrigação profissional vai ficar para a próxima. O show do Metallica, nem pensar.