Mundo

Milícia do Congo decapita 40 policiais em emboscada, dizem autoridades

Eles pouparam a vida de apenas seis agentes, porque sabiam falar o idioma local
Agentes de paz das Nações Unidas trabalham para tentar evitar conflitos na República Democrática do Congo, tomada pela violencia nos ultimos dias Foto: STRINGER / REUTERS
Agentes de paz das Nações Unidas trabalham para tentar evitar conflitos na República Democrática do Congo, tomada pela violencia nos ultimos dias Foto: STRINGER / REUTERS

KINSHASA, Congo —  Milicianos da República Democrática do Congo decapitaram cerca de 40 policiais em uma emboscada, informaram autoridades locais neste sábado. Este já é considerado o ataque mais mortal às forças de segurança desde que uma insurreição começou na região, em agosto

passado.

Os milicianos de Kamuina Nsapu atacaram a polícia na sexta-feira, quando viajavam de Tshikapa para Kananga. Os membros da milícia roubaram armas e veículos, relatou François Kalamba, porta-voz da assembleia provincial de Kasai.

A insurgência, que se estendeu por cinco províncias, representa a mais séria ameaça para o governo do presidente Joseph Kabila. O fato de ele não ter saído do poder ao fim de seu mandato constitucional, em dezembro, provocou uma onda de assassinatos e de ilegalidade em toda a vasta nação da África Central.

— Eles [os policiais] foram apreendidos pelos membros da milícia, que decapitaram cerca de 40 — afirmou François Kalamba, acrescentando que a milícia poupou a vida de seis outros policiais capturados porque eles falavam a língua local, tshiluba.

O presidente da Sociedade Civil de Kasai, Corneil Mbombo, confirmou à Reuters que 40 agentes da polícia tiveram a cabeça cortada.

Mais de 400 pessoas já morreram por conta da violência na área central do Congo, de acordo com as Nações Unidas, e o governo disse na última terça-feira que 67 policiais e muitos soldados morreram nos confrontos.