Educação

Por Katilaine Chagas, A Gazeta


Ufes só tem dinheiro para funcionar até outubro — Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta

Para aguentar chegar ao final do ano funcionando, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) vai ter que cortar em até 50% os investimentos e custeio previstos para todo 2017. No pacote, devem ser afetados pagamentos de diárias, passagens, obras, compra de equipamentos e mão de obra, como motoristas, funcionários do teatro e do Restaurante Universitário (RU) e, por fim, de seguranças.

A pró-reitora de Administração da Ufes, Teresa Carneiro, diz que os cortes não serão de 50% em cada uma dessas atividades ou áreas. Ou seja, algumas podem sofrer cortes maiores que as outras.

Entre as mudanças já adotadas, estão as na limpeza de salas, que passou a ser paga por metro quadrado e é feita semanalmente, em vez de diária. Outra mudança foi no serviço de jardinagem. A grama agora só é cortada a cada três meses.

E os contratos desses e de outros serviços serão renegociados. “O contrato, por lei, pode ser reduzido em até 25%. Para ser mais do que isso, vamos ter que negociar”, afirma Teresa Carneiro.

Mato alto e lixo por toda parte do Campus da Ufes em Goiabeiras — Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta

Desde a segunda-feira (3), o cardápio do Restaurante Universitário reduziu de duas para uma opção de carne e de quatro para duas de salada. E a sobremesa foi retirada do cardápio.

A Ufes deveria receber, por mês, R$ 11.851.035,25 para custeio e R$ 1.416.556,33 para investimentos. Mas esses valores chegaram em tamanho menor em janeiro, fevereiro e março: R$ 7.900.690,17 e R$ 944.370,88.

O problema, como explicou a pró-reitora, é que nos três primeiros meses do ano foram trabalhados valores que estavam previstos inicialmente no orçamento. E a situação vai piorar.

Porque o governo federal anunciou novo contingenciamento em abril, maio e junho, além de reduzir também orçamento para o Ministério da Educação (MEC), que deve atingir as universidades.

No próximo dia 11, Teresa Carneiro e o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducate, irão ao MEC para discutir os cortes e o que pode ser feito para contornar a situação.

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