Por G1 RS


Festival Organs of Thrones é realizado no Vila Flores, em Porto Alegre

Festival Organs of Thrones é realizado no Vila Flores, em Porto Alegre

Um evento com temática medieval realizado neste sábado (9) em Porto Alegre teve como objetivo conscientizar jovens sobre a importância da doação de órgãos. Em alusão a uma conhecida série de televisão, o projeto foi nomeado "Organs of Thrones".

Atualmente, o Rio Grande do Sul tem cerca de 1,2 mil pessoas na fila de espera por um transplante. Diante da angústia de quem aguarda, o alento é o aumento no número de pessoas dispostas a doar órgãos.

"Vou ser muito feliz, sabendo que outras pessoas vão poder aproveitar meus órgãos para continuar mantendo a vida", celebra o organizador do evento Daniel Mattos.

A educadora física Liège Gautério contou aos jovens que tinha uma doença degenerativa no pulmão, e só continua viva porque fez um transplante. "A Liège transplantada está renovada, de fôlego novo literalmente. Estou vivendo intensamente essa segunda chance de vida me proporcionou", diz.

Organs of Thrones tem como objetivo conscientizar jovens sobre doação de órgãos — Foto: Reprodução/RBS TV

O "Organs of Thrones" também teve brincadeiras, como uma divertida guerra de bexigas com água e eleição de melhor fantasia. O médico Valter Duro Garcia exaltou a importância do evento para conscientizar o público jovem.

Segundo ele, o número de doadores não vem aumentando mais como antes. "Parou o crescimento. Estava em um crescimento de 10% a 15% ao ano, e nos últimos dois anos, praticamente estagnou", afirmou.

Como doar órgãos

Durante o evento, foi esclarecida uma dúvida comum entre jovens: o que fazer para se tornar um doador. Não é necessário nenhum documento, mas sim contar para as pessoas mais próximas que pretende doar órgãos em caso de morte cerebral. A decisão cabe à família.

Doadores vivos podem doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. A lei permite o procedimento sem autorização judicial quando os pacientes têm parentesco de até o quarto grau ou são cônjuges.

No caso de doadores falecidos, o paciente tem que ter tido diagnóstico de morte encefálica. Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões podem ser doados nesses casos. Em todos os casos, os órgãos passam por exame clínico, para se saber se estão aptos para transplante.

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