10/12/2014 21h52 - Atualizado em 11/12/2014 09h18

Preso por fraude, deputado federal eleito pode ser diplomado, em RO

Lúcio Mosquini pode ser diplomado por meio de procuração, mesmo preso.
Um relaxamento de prisão foi protocolado na terça-feira, 9, no TJ-RO.

Ísis CapistranoDo G1 RO

A assessoria de Lúcio Mosquini afirma que sua prisão "não deve ter passado de algum equívoco' (Foto: Decom/Divulgação)A assessoria de Lúcio Mosquini afirma que sua prisão "não deve ter passado de algum equívoco" (Foto: Decom/Divulgação)

O deputado federal eleito Lúcio Mosquini pode ser diplomado no dia 17 de novembro, mesmo após ter sido preso por suspeita de fraude a licitação na Operação Ludus, deflagrada pelo Ministério Público Estadual de Rondônia (MP-RO), no dia 3 de dezembro, em Rondônia.

Ainda que o pedido de habeas corpus de Mosquini seja negado, a legislação permite que ele seja diplomado por meio de uma procuração, de acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), que informou ainda que não existe uma ação proposta contra a diplomação do recém eleito deputado federal.

O G1 tentou entrar em contato com assessoria jurídica do deputado para saber se um pedido de habeas corpus foi impetrado, mas não obteve êxito até a publicação desta matéria. Um relaxamento de prisão foi protocolado nesta terça-feira (9), no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), mas ainda não há informações se o pedido foi aceito pelo juiz, pois o processo corre em segredo de justiça. Segundo a PRE, o caso ainda está sendo analisado.

Lúcio Mosquini é ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagens de Rondônia (DER-RO) e, segundo a assessoria, "pautou sua gestão na transparência e ações dentro da legalidade". "Essa prisão não deve ter passado de algum equívoco que será corrigido assim que sua defesa tiver acesso ao processo", informaram os assessores.

Operação Ludus
O deputado federal eleito foi detido na Operação Ludus, deflagrada pelo MP-RO para investigar uma suposta organização criminosa que atua na contratação e execução das obras do Espaço Alternativo, em Porto Velho, orçadas em R$ 22.802.088,73. Segundo as investigações, o grupo é formado por agentes políticos, empresários e policiais militares envolvidos em fraudes de licitação, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, entre outros crimes. Além de Mosquini, outras seis pessoas foram detidas na operação.