O auditório da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro está lotado na tarde desta segunda-feira (24) por causa de uma audiência pública para discutir os conflitos no Complexo do Alemão.

Apesar dos tiroteios constantes que já duram quatro dias, o motivo para a convocação foi outro: a denúncia de moradores que teriam sido expulsos de suas casas para que as moradias pudessem ser usadas como posto de observação por homens da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília.

Além de membros da Defensoria, as Comissões de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal e movimentos sociais que atuam nas comunidades da região também pretendem abordar violações de direitos dos que estão do outro lado: os policiais.

"É a polícia que mais mata e é a polícia que mais morre. Não tem vencedor. É uma tragédia", resumiu o deputado Marcelo Freixo (PSOL) a uma plateia cheia de moradores, ativistas, autoridades e policiais militares.

A audiência está sendo transmitida pelo perfil do vereador Reimont (PT), além do perfil DefeZap, um sistema organizado para encaminhar denúncias de violência do Estado contra moradores.

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