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Por G1


G1 andou no Volkswagen Up! 2018

G1 andou no Volkswagen Up! 2018

O Up! foi promovido na linha 2018. Passou pela primeira atualização visual após três anos, ganhou equipamentos e, segundo a Volkswagen, virou “compacto premium”. Para isso, a fabricante eliminou versões que não vendiam tão bem e recheou o modelo com equipamentos inéditos até então.

Apenas a versão de entrada, Take, não recebeu novos itens. Aliás, qualquer equipamento de conforto é opcional no carro de R$ 37.990. Quer o tradicional conjunto de direção elétrica, ar-condicionado e vidros e travas elétricos, presente em praticamente todos os carros novos à venda no Brasil? Pague R$ 5.250 ou migre para a versão acima, Move.

Esta, por sinal, já vem completa, e também traz suporte para celular, sensor de estacionamento, rodas de liga leve e som com volante multifuncional. Mas custa R$ 48.290, quanto equipado com motor 1.0 de 82 cavalos. Ela ainda pode receber a transmissão automatizada I-Motion (por R$ 50.668) ou motor 1.0 turbo, de 105 cv (por R$ 52.790).

Move Up aspirado não possui parte central do para-choque na cor preta — Foto: Divulgação
Move Up aspirado não possui parte central do para-choque na cor preta — Foto: Divulgação

Up! de R$ 57 mil

A versão avaliada pelo G1 é a mais completa, High Up. Pelo preço, ela deveria brigar com rivais maiores, como Ford Fiesta e Peugeot 208 (ambos na casa dos 4 metros de omprimento, contra 3,69 m do Up!). Para as outras, ficam os concorrentes “tradicionais”, como Fiat Mobi, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Ford Ka.

Voltando ao High Up, o modelo adiciona ao pacote de amenidades, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e uma simpática iluminação interior com lâmpadas de LED. A conta? R$ 57.100.

Se o cliente quiser o Composition Phone, sistema que transforma o smartphone em central multimídia, terá que pagar R$ 1.400. Pelos bancos em couro, a Volkswagen cobra mais R$ 830, elevando a conta final a R$ 59.330, e fazendo dele um compacto premium – pelo menos no preço.

Filete de LED na cabine é charme do novo Up! — Foto: Divulgação
Filete de LED na cabine é charme do novo Up! — Foto: Divulgação
 — Foto: Arte/G1
— Foto: Arte/G1

Qualidades preservadas

Mas nem tudo são críticas. Não houve qualquer alteração mecânica. O motor aspirado faz do Up! um carro ágil na cidade. Quando equipado com a opção TSI, 23 cv mais potente, o carro se transforma.

O Up! turbo é um dos carros compactos mais divertidos de dirigir. Potência e torque são fartos a partir de 1.500 rotações por minuto – e o comportamento fica próximo ao de um pequeno esportivo.

Tudo isso se completa com um câmbio preciso e curto, suspensão bem acertada e direção precisa.

Sensores de luz e chuva estão entre os novos itens de série do High Up — Foto: Divulgação
Sensores de luz e chuva estão entre os novos itens de série do High Up — Foto: Divulgação

Cabine mais agradável

O acabamento do modelo também está melhor. A parte central do painel ganhou materiais mais agradáveis ao toque. Na versão High, há uma faixa em plástico preto brilhante com uma textura que confere certa sofisticação. O rádio agora possui tela colorida, apesar de não ser sensível ao toque.

Volante e quadro de instrumentos são novos – e são inspirados em carros mais caros da marca. O primeiro é “transplantado” do Golf, e tem boa pegada. Já o cluster veio do Fusca, e traz velocímetro, conta-giros e marcador de combustível em círculos maiores. O computador de bordo acompanhou o crescimento, e trocou a letra vermelha por uma fonte branca (a leitura ficou melhor).

Quadro de instrumentos vem do Fusca, e volante é herdado do Golf — Foto: Divulgação
Quadro de instrumentos vem do Fusca, e volante é herdado do Golf — Foto: Divulgação

Mercado

O Up! ganhou equipamentos e segue como um carro gostoso de dirigir. Ainda assim, é difícil justificar os quase R$ 60 mil por um carro de entrada. O “nosso” Up! ainda perde para o europeu em termos de equipamentos.

No exterior, o modelo pode ser equipado com ar-condicionado digital, controle de estabilidade e controle de velocidade de cruzeiro – itens que cairiam bem na versão topo de linha do carro feito e vendido no Brasil.

Com os mesmos R$ 60 mil, o cliente que busca um carro pequeno pode levar para casa um modelo bem mais completo, ainda que com menos potência. O melhor exemplo é o Peugeot 208 1.2.

Na versão Allure, o hatch traz teto solar panorâmico, ar-condicionado digital de duas zonas, controle de velocidade de cruzeiro, central multimídia com tela de 7 polegadas, vidros elétricos traseiros.

Todos os itens citados até então não estão presentes no carro da Volkswagen. E tudo isso em uma embalagem maior. São 3,98 m de comprimento contra 3,69 m do Up!. No entre-eixos, o Peugeot tem 2,54 m, contra 2,41 m do Volks.

Lanternas ganharam novo arranjo nas luzes — Foto: Divulgação
Lanternas ganharam novo arranjo nas luzes — Foto: Divulgação

Conclusão

O Up! poderia ser a escolha óbvia do segmento de entrada. Racional, tem espaço interno maior do que sua carroceria sugere. De quebra, ainda é um dos carros mais seguros e econômicos do Brasil. Com a reestilização, ganhou um visual atualizado e mais equipamentos.

O grande impeditivo para o sucesso do modelo é um só: o preço. O Up! é um subcompacto, não um compacto premium. Diante de rivais maiores, mais espaçoso e por vezes mais equipado, o Volkswagen acaba não se sobressaindo.

Volkswagen Up! 2018 — Foto: Divulgação
Volkswagen Up! 2018 — Foto: Divulgação
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