Por Matheus Rodrigues, G1 Rio


Rio sofre com falta de luz e água após chuvas, e prefeito continua viajando

Rio sofre com falta de luz e água após chuvas, e prefeito continua viajando

Em reunião nesta sexta-feira (16), secretários da Prefeitura do Rio de Janeiro estimaram que mais de 100 mil casas permanecem sem luz quase 48 horas após a forte chuva que atingiu a cidade na madrugada de quarta-feira. A cúpula do governo municipal cobrou medidas imediatas da Light, concessionária de energia do estado. O prefeito Marcelo Crivella ainda não tinha voltado da viagem na Europa no início da noite desta sexta.

O secretário municipal de Assistência Social, Pedro Fernandes, confirmou que 1,5 mil pessoas seguem desalojadas. Mais de 200 funcionários da secretaria de Assistência Social estão nas ruas para ajudar às famílias afetadas.

“ A secretaria está trabalhando na questão de distribuição de cesta básica, água, tirar documento porque muitas pessoas perderam tudo. Mais de 150 famílias foram encaminhas para o aluguel social e a gente espera que o número de desalojados diminua significativamente”, explicou.

O secretário de Casa Civil, Paulo Messina, afirmou que pediu a colaboração da empresa que administra o fornecimento de energia da cidade e ficou determinado que cinco equipes ficarão à disposição da Prefeitura imediatamente.

Forte chuva atinge o Rio de Janeiro na madruga desta quarta-feira — Foto: Celso Pupo/Fotoarena/Estadão Conteúdo

“Nós conseguimos tirar um protocolo de que a Light vai designar cinco equipes para a Prefeitura, à disposição da Comlurb, para rodar junto com as equipes da Comlurb desligando a luz. Parece uma coisa simples, mas ninguém tinha feito isso antes. Está feito o protocolo. Temos agora a disponibilidade das equipes para desligar a luz, é feita a retirada das árvores e a Light volta com a luz”, disse Messina.

Manifestações contra falta de luz

Nesta sexta-feira (16), moradores de Senador Camará, na Zona Oeste, se reuniram e bloquearam parcialmente os dois sentidos da Avenida Santa Cruz. Na Avenida Brasil tambám foram registrados bloqueios parciais na pista sentido Centro, na altura da Vila Kennedy, e em Deodoro, devido a reivindicação pelo restabelecimento da energia elétrica nas regiões.

Por volta das 20h30, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informava que uma manifestação causava bloqueios nos dois sentidos, na altura da passarela 13, em Ramos. A opção para os motoristas é a Linha Vermelha, que apresenta retenções no sentido Baixada. A recomendação é usar o transporte público, principalmente os trens e o metrô.

No Caju, a Avenida Brasil estava fechada devido a uma ocorrência policial envolvendo a Polícia Militar.

No trecho de Ramos, uma manifestação causava bloqueios nos dois sentidos, na altura da passarela 13. A opção para os motoristas é a Linha Vermelha, que apresenta retenções no sentido Baixada. A recomendação é usar o transporte público, principalmente os trens e o metrô.

Outras medidas

Também ficou definido que o Estágio de Atenção do município ficará estabelecido até a recuperação total dos estragos. De acordo com Messina, o Estágio de Normalidade poderia retornar, mas por precaução a medida não será tomada. Outra ação elaborada foi a criação de um fundo para futuros casos de crise.

"A gente precisa, por exemplo, comprar cestas básicas para o pessoal que está desabrigado. Vai ter que ser feito um contrato emergencial e demora alguns dias. Se a gente tiver um fundo de R$ 100 ou 200 mil ligados ao COR, em situações como essa podem ser usados os fundos para a compra mais rápida de insumos de cesta básica ou colchonetes”, afirmou o secretário.

Messina disse ao G1 que o prefeito, Marcelo Crivella, está participando ativamente de todas as decisões que foram tomadas na cidade, mesmo que ele esteja em uma viagem internacional.

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