Rio

Mãe entrega à polícia filho envolvido no estupro coletivo no Rio

Ele e outros quatro violentaram menina de 12 anos na Baixada Fluminense
Delegada protege menina de 12 anos que foi vítima de estupro coletivo e a leva para hospital Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Delegada protege menina de 12 anos que foi vítima de estupro coletivo e a leva para hospital Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

RIO - Um dos adolescentes suspeitos de participar do estupro coletivo de uma menina de 12 anos, na Baixada Fluminense, se apresentou à 28ª DP (Campinho), na manhã desta terça-feira. O menor, que foi levado à delegacia pela mãe, tem “total participação no ato”, de acordo com a delegada Juliana Emerique, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav).

— É uma apresentação importante, porque o rapaz tem total participação no ato. Essa mãe foi muito responsável em trazer o filho para que ele formalizasse tudo o que quiser declarar sobre o caso — diz a delegada.

Ainda segundo a delegada, além do adolescente que se apresentou, são esperados para esta terça-feira outros importantes depoimentos sobre o caso — entre eles, o do pai da vítima.

Na segunda-feira, foram ouvidos quatro parentes da menina, incluindo a mãe, a avó e a tia que denunciou o crime à polícia na última sexta-feira.

Quatro dos cinco suspeitos do estupro coletivo da menina já foram identificados, de acordo com o delegado-assistente da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), Rodrigo Moreira. Pelo menos três deles seriam menores de idade.

CRIME FOI FILMADO

O estupro coletivo foi filmado e compartilhado nas redes sociais. A Secretaria estadual de Direitos Humanos informou que a jovem foi incluída no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM).

Segundo o delegado, a Polícia Civil fez uma solicitação para o Facebook preservar todo conteúdo que mostra o ato contra a menina. Foi pedido o congelamento de duas páginas fechadas da rede social — assim, mesmo que as pessoas deletem as mensagens, os registros serão mantidos —, nas quais estavam sendo compartilhados o vídeo e comentários sobre ele.

A Dcav pedirá que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) dê apoio à investigação.

No vídeo compartilhado na internet, pelo menos cinco rapazes aparecem nus. A vítima grita pedindo para que o estupro pare, mas os homens continuam com as agressões. Ela também tenta se esconder atrás de uma almofada.

“Cala a boca. Vão ficar ouvindo a sua voz e vão saber que é tu”, diz um dos agressores.

“Tapa o rosto da novinha”, diz o outro nas imagens.

Informações preliminares dão conta de que a menina só conhecia um dos rapazes envolvidos.