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Comissão do Senado pede todos os documentos da campanha de Trump

Congressistas querem escrutínio total em investigação sobre laços com a Rússia
O presidente americano, Donald Trump, conversa com o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov (à esq.), e o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak (à dir.), durante um encontro na Casa Branca, no dia 10 de maio Foto: HO / AFP
O presidente americano, Donald Trump, conversa com o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov (à esq.), e o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak (à dir.), durante um encontro na Casa Branca, no dia 10 de maio Foto: HO / AFP

WASHINGTON - A Comissão de Inteligência do Senado, investiga a interferência russa na corrida presidencial de 2016 ao lado do FBI e da Câmara dos Representantes, pediu à organização política do presidente Trump que colete e produza todos os documentos, e-mails e registros telefônicos desde o lançamento de sua campanha em junho de 2015.

A carta do Senado chegou ao comitê de campanha de Trump na semana passada e foi endereçada ao tesoureiro do grupo. Desde então, alguns ex-funcionários foram notificados e pediram para cooperar, disseram as pessoas. Eles não foram autorizados a falar publicamente.

Dezenas de funcionários antigos devem ser contatados nos próximos dias para ter certeza de que estão cientes do pedido, acrescentaram as pessoas. A carta foi assinada pelo senador Richard Burr (republicano da Carolina do Norte), presidente da comissão no Senado, e pelo senador Mark R. Warner (Virgínia), que representa o Partido Democrata no comitê. Os porta-vozes de Burr e Warner não quiseram comentar.

Também nesta sexta-feira, as investigações sobre a influência russa nas eleições americanas, que agora se aproximam do genro de Trump e assessor-chave, Jared Kushner, trouxeram ainda mais dor de cabeça para o presidente e a Casa Branca. O "Washington Post" revelou que ele teria tentado criar um canal de comunicação secreto com o Kremlin, usando instalações do governo russo para evitar monitoramento por parte das autoridades americanas.

As revelações vieram à tona após a revelação, por funcionários da Inteligência americana, de comunicações interceptadas que mostram o embaixador Sergey Kislyak relatando a seus superiores em Moscou que Kushner, durante o período de transição presidencial, propôs a ele criar este canal secreto à prova de escrutínio dos EUA. Segundo Kislyak, Kushner teria sugerido usar prédios diplomáticos da Rússia dentro dos EUA para realizar os contatos discretamente.

Segundo o jornal, Kislyak teria ficado surpreso com a sugestão de permitir que um americano usasse equipamentos de comunicações russos em sua embaixada ou consulado — uma proposta que teria trazido riscos de segurança para Moscou, bem como para a equipe de Trump. Procurada pelo “Post”, a Casa Branca, o advogado de Flynn e a embaixada russa na capital americana se recusaram a comentar esta denúncia.

Kushner se reuniu em Nova York com o embaixador russo junto ao então conselheiro de Segurança Nacional de Trump, o general Michael Flynn. O militar foi demitido em fevereiro, com menos de um mês no cargo, após a revelação de que mantivera relações e negociações indevidas com autoridades russas sobre o fim do embargo econômico americano a Moscou, além de ter recebido recursos de empresas russas. Kushner também se reuniu em dezembro com Sergey Gorkov, chefe do Vnesheconombank, alvo de sanções americanas após a anexação da Crimeia pela Rússia. O “New York Times”, por sua vez, diz que Kushner omitiu estes encontros quando foi nomeado assessor de Trump, seu sogro.

A Casa Branca e a embaixada russa se recusaram a comentar sobre as afirmações do "Post" em relação às comunicações de Kislyak. A Rússia costuma colocar informações falsas em seus memorandos internos para evitar o vazamento de informações sensíveis em caso de interceptação. Mas, como destacou o jornal, Kushner efetivamente teria o interesse de melhorar a relação com os russos como parte do governo Trump, possivelmente sem ficar sujeito ao monitoramento das agências de Inteligência.

As investigações

de um caso polêmico

FBI

COMISSÃO DE

INTELIGÊNCIA DA CÂMARA

CONGRESSO

COMISSÃO DE

INTELIGÊNCIA DO SENADO

A DEMISSÃO

QUE LANÇA

SUSPEITAS

COMISSÃO DE

SUPERVISÃO DA CÂMARA

COMISSÃO

JUDICIÁRIA DO SENADO

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