Os olhares estavam fixos no palco e, assim que Ed Sheeran surgiu, veio a explosão de lágrimas e pulos eufóricos. Na primeira interação com o público, o artista agradeceu a possibilidade de estar novamente no Brasil e brincou sobre a próxima música que tocaria: "Se não conhecem, finjam que conhecem". 

Claro que os fãs conheciam a música. Cada verso era cantado com profusão e palmas coreografadas do público, composto não apenas por adolescentes - que, sim, eram a grande maioria. A verdade é que Sheeran mostrou que o seu apaixonado público é composto por diversas idades.  

Entre as músicas, mais brincadeiras do artista. Desta vez, Ed Sheeran estimulou a competição travada entre brasileiros e os "hermanos" argentinos. O cantor, que esteve em Buenos Aires, capital daquele país, instigou: "Rio, eu sei que vocês conseguem cantar mais alto que Buenos Aires". O público, então, respondeu à altura. Ao fim, Sheeran decretou: "Isso foi alto". A reposta da multidão foi "Ed, eu te amo". 

No repertório, uma mescla de músicas de álbuns anteriores com faixas do mais recente trabalho, "Divide". Duas, em especial, cantadas em sequência, requereram fôlego do público: "Happier" e "Galway Girl". Houve espaço também para "Feeling Good", clássico de Nina Simone, e também para "I See Fire", que integra a trilha sonora do filme "O Hobbit".

Após quase duas horas de show, parecia que era o fim: Sheeran já tinha tocado "Photograph" e outros sucessos e saiu em meio aos aplausos, parecendo se despedir. Mas o britânico surpreendeu ao voltar vestido com a camisa da seleção brasileira e uma bandeira do Brasil, para cantar uma das mais pedidas, "Shape Of You", e ser novamente ovacionado. 

Na plateia, Lorena da Silva, de 12 anos, que foi ao show acompanhada pela mãe, Cristiane da Silva, disse que a apresentação atendeu às expectativas. "Adorei quando ele cantou 'Give Me Love', eu não esperava", afirmou a adolescente.

Ficou claro que Sheeran satisfez seus fãs, mas a noite teve um ponto baixo, que ficou por conta da desorganização na saída da arena: o público foi obrigado a se espremer por apenas um portão, tornando mais díficil o ato de deixar o local.