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Manifestantes pró-impeachment assistem à transmissão da votação na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Manifestantes pró-impeachment assistem à transmissão da votação na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

No dia em que a Câmara dos Deputados faz a votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, protestos pró e contra o impedimento acontecem em 25 estados e no DF.

Há registros de manifestações contra e a favor do governo em diversas cidades do Brasil, de pelo menos 25 Estados e do Distrito Federal, incluindo Brasília, São Paulo, Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Vitória (ES), Fortaleza (CE) Maceió (AL), São Luís (MA), Manaus (AM), Goiânia (G), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), João Pessoa e Campina Grande (PB) Teresina, Amarante, Floriano, no Piauí, em Aracaju (SE), no Acre, em Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e ainda Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Campinas, no interior paulista.

Em Brasília, a Polícia Militar informou que aproximadamente 57 mil manifestantes ainda ocupam a Esplanada dos Ministérios. Desse total, 40 mil estão do lado sul, destinado aos movimentos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os outros 17 mil estão no lado norte, na área destinada ao grupo de apoio ao governo.A polícia informou que a chegada e saída de manifestantes de ambos os lados é grande e tem feito os cálculos com imagens aéreas de alta resolução. Estão envolvidos na operação 3 mil homens da PM, 320 bombeiros e 75 agentes do Detran. O corpo de bombeiros registrou até o momento 17 atendimentos. Foram casos de desmaios, tombos entre outros de gravidade leve. A polícia não registrou ocorrências graves até o momento.

Em São Paulo, manifestantes contra o impeachment já lotam o Vale do Anhangabaú, na região central da capital paulista. Militantes sindicais, de movimentos sociais e também cidadãos não ligados a organizações carregam faixas contra o golpe e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Gritam "Não vai ter golpe, vai ter luta", mensagens expostas também em um telão instalado no local. Ainda não há estimativa de público, mas a população já ocupa uma extensão que vai do Viaduto do Chá, onde um carro de som faz as vezes de palco, até a esquina com a Avenida São João.

Os apoiadores do afastamento da presidente se reúnem em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista. Por lá, a movimentação segue tranquila e o número de manifestantes é menor em comparação a outras manifestações que pediam o impeachment de Dilma.

+ Manifestantes acompanham votação do impeachment em clima de festa em SP

Manifestação contra i impeachment no Vale do Anhangabaú, em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Agência PT)

Manifestação contra i impeachment no Vale do Anhangabaú, em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Agência PT)

A manifestação em Campinas (SP) reúne cerca de cinco mil pessoas, segundo números não oficiais dos organizadores, que só farão uma avaliação oficial após 17h. Ronald Tanimoto, coordenador estadual do Movimento Brasil Livre (MBL), a expectativa é de que 300 mil pessoas passem pela avenida Norte-Sul até o final da manifestação. Eles esperam que a maior parte dos manifestantes chegue depois das 17h. Um drone está sendo usado para conferir a ocupação das vias. "Na manifestação passada foram 100 mil pessoas e travamos o Centro. Por isso mudamos para um lugar mais amplo", disse.

No Rio de Janeiro, a manifestação "Funk contra o Golpe" entrou na reta final pouco antes das 13h. Os organizadores informaram ao microfone de carro de som que o ato reuniu 50 mil pessoas. Procurada, a Polícia Militar disse não ter feito estimativa de público. O protesto é organizado pela produtora de funk Furacão 2000 e pela Frente Brasil Popular, movimento que reúne partidos, sindicatos e movimentos sociais de esquerda. Outro protesto, a favor do impeachment, está marcado para ocorrer às 15h em Copacabana, ponto de partida do ato da manhã.

Em Minas Gerais, manifestantes começavam a chegar à Praça da Liberdade por volta das 13h30 para participar do protesto pelo afastamento da presidente. Três caminhões de som estão posicionados na praça. Um telão está sendo montado para transmissão da votação do impeachment. Cerca de duas mil pessoas contrárias ao impeachment, saíram em outro ato da Praça Raul Soares e seguiram para a Praça da Estação, de onde acompanharão a sessão na Câmara dos deputados também por telões.

No Espírito Santo, os grupos pró-impeachment poderão acompanhar a votação em telões que serão instalados na Praça do Papa, na Enseada do Suá, em Vitória, e em um posto de combustíveis na Praia da Costa, em Vila Velha, na grande Vitória.

Manifestantes divididos na Esplanada dos Ministérios (Foto: Sonia Baiocchi/ Câmara dos Deputados)

Manifestantes divididos na Esplanada dos Ministérios (Foto: Sonia Baiocchi/ Câmara dos Deputados)

Na Bahia, manifestantes a favor do governo estão acampados no Farol da Barra, na orla de Salvador (BA), desde o sábado (16). A maioria integra o MST e acompanhará a sessão da Câmara por um telão. A expectativa das lideranças é de que 150 mil pessoas ocupem a orla da Barra, que já foi palco de protestos do grupo defensor do impedimento de Dilma. Desta vez, aqueles que pedem o fim do governo se reunirão no Jardim de Alah, bairro do Costa Azul.No Paraná, na cidade de Francisco Beltrão, o movimento "Vem Pra Rua" instalou nas ruas cavaletes com os nomes dos deputados do Estado que são contrários ao impeachment.

Na capital de Rondônia, Porto Velho, manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff já estão em concentração na Praça das Três Caixas D'Água desde as 10h. Participam do movimento membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RO), MST, Partido dos Trabalhadores, entre outros movimentos. Os organizadores esperam que mais de cinco mil pessoas se unam à manifestação até o início da votação, às 14h.

Em Mato Grosso, pessoas pró e contra o impedimento da presidente Dilma se reúnem em praças e bares para acompanhar a votação. Movimentos sociais, sindicais e estudantis que compõem a Frente Brasil Popular em Mato Grosso participam desde as 9h, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), para a "Vigília Ecumênica pela Paz e pela Democracia".

Em Recife, capital de Pernambuco, a movimentação dos grupos pró e contra o impeachment já começou. No Marco Zero, região central da cidade, estão reunidos manifestantes favoráveis ao Governo. Neste momento, cerca de 400 pessoas, segundo a organização, circulam pela área. O clima é de tranquilidade e muitas crianças acompanham os pais. No segundo jardim da praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, os manifestantes favoráveis ao impeachment estão reunidos. De acordo com o movimento Vem Pra Rua, a mobilização já conta com mais de 200 integrantes. Muitas famílias vestido verde a amarelo carregam faixas e cartazes contra a presidente Dilma Rousseff.

Um ato em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff reúne milhares de pessoas neste domingo no centro da capital gaúcha. Organizada pela Frente Brasil Popular, a mobilização tem discursos de lideranças sindicais e sociais, apresentações musicais e também "coxinhaço" - a prática de assar e distribuir coxinhas de galinha se tornou comum em manifestações pró-governo em Porto Alegre.Os defensores da presidente Dilma estão concentrados na Praça da Matriz, que abriga as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário Rio Grande do Sul. Desde a última segunda-feira um grupo acampava no local para protestar contra o processo de impeachment, no chamado "Acampamento da Legalidade e Democracia".Hoje eles levantaram acampamento para abrir espaço e receber mais apoiadores. De acordo com a assessoria da Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul, não há uma estimativa de público porque o evento é considerado uma vigília e, por isso, há uma grande rotatividade de pessoas.

Em Florianópolis, na Catedral Metropolitana, reúnem-se os manifestantes favoráveis a Dilma Rousseff, no ato "Minha luta é pela democracia". Já no trapiche da Beira Mar Norte foi montado um telão para que os opositores acompanhem ao vivo a votação do impeachment. De um lado sobrepõem-se o vermelho, do outro o verde-amarelo. A distância que separa os dois grupos é de 1,9 km.No Estado, Blumenau, Chapecó e São Miguel do Oeste apoiam a presidente. As três manifestações reúnem 1,3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Unidos pela derrubada de Dilma há manifestantes em Joinville, Criciúma, Timbó e na prainha em Itapema.Para evitar confrontos foi convocado reforço no policiamento da Capital. Há tropas fazendo rondas por viaturas, a cavalaria está em peso nos protestos e ainda há policias circulado pelos ambientes com bicicletas. O clima está pacífico até o momento.

Na capital do Ceará, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma acompanham a votação na Câmara dos Deputados por meio de um telão armado na Avenida da Universidade com a 13 de Maio, ao lado da reitoria da Universidade Federal do Ceará. A cada discurso favorável ao impeachment, segue uma vaia acompanhada por gritos de "o PSDB nunca mais vai se eleger". A Polícia acompanha de longe. Ainda não há estimativa de público feita pelos organizadores e nem pela PM.

Centrais sindicais e movimentos estudantis se reúnem no Largo São Sebastião, centro de Manaus, para manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em uma hora de ato, iniciado às 14h, a organização estimava a presença de 800 participantes, enquanto a Polícia Militar indicou 500. Segundo ambos, é esperada adesão maior ao longo deste domingo.Secretário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Berenício Lima se disse confiante no decisão contra o impeachment por parte da Câmara dos Deputados, mas prometeu reação em caso de votação a favor do impedimento da presidente. "Temos certeza que a decisão não vai passar (para o Senado). Se não acontecer, vamos para a rua fazer com que se respeite o voto, a democracia e o direito dos trabalhadores", adiantou.Secretário estadual da juventude do PT no Amazonas, Ruan Octávio afirmou que o ato não deixa de ser político e é apoiado pelos partidos PT, PDT, PCdoB e PSOL. Ao longo da tarde, os manifestantes presentes no Largo São Sebastião acompanharão os votos no processo da Câmara, depoimentos de políticos e líderes convidados e, por fim, atrações musicais locais.

As pessoas a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff estão reunidas no bairro 13 de Julho, em Aracaju, acompanhando por um telão a votação na Câmara dos Deputados. Um dos organizadores da mobilização, Benjamin Schuster, acredita na aprovação do impeachment.
Em Aracaju, choveu muito ao meio dia. O tempo nublado pode ter afugentado as pessoas das ruas, disse Benjamin.

Grupos pró e contra a permanência da presidente Dilma Roussef no poder se concentram na Praça Ary Coelho e no canteiro central da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Cerca de 80 pessoas da Frente Brasil Popular estão na praça e vão permaneceram até o fim da votação que define a admissibilidade do impeachment. Espera-se que mais manifestantes sigam para o local, onde telão foi montado.
Já na Afonso Pena, em frente ao Ministério Público Federal, que fica a apenas dois quilômetros da praça, os grupos Reaja Brasil e Chega de Impostos concentram cerca de 300 manifestantes. Um telão foi montado para acompanhar a votação.

Em São Luís, os que defendem o impeachment ainda se organizam de forma tímida na capital maranhense. Cerca de 20 pessoas estão reunidas em um bar da Lagoa da Jansen, região nobre da cidade. Com um boneco inflável do Pixuleco e bandeiras do Brasil, os ludovicenses aguardam com ansiedade o início da votação.