Rio

Marcelo Crivella fez cinco viagens internacionais desde que foi eleito

Em oito meses, ele foi para Holanda, África do Sul, Rússia, Orlando (EUA) e Jerusalém
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

RIO - Em oito meses, cinco viagens internacionais. Este é o saldo de idas de Marcelo Crivella a outros países desde que ganhou a eleição para comandar a prefeitura do Rio. Na noite desta segunda-feira, ele embarcou com o secretário municipal de Conservação e Meio Ambiente, Rubens Teixeira, num voo com destino a Amsterdã, na Holanda. A agenda oficial ainda não foi inteiramente divulgada. Mas, segundo sua assessoria, o prefeito deve acompanhar a Velo-City 2017, uma conferência global sobre o uso de bicicletas, cuja edição no ano que vem será no Rio de Janeiro. O evento será realizado desta terça até sexta-feira, em Arnhem - Nijmegen, localizada a 120 quilômetros da capital holandesa.

No mês passado, Crivella esteve em Moscou, na Rússia, em viagem oficial, onde assinou com a prefeitura da capital um termo de cooperação técnica. Ele foi conhecer projetos locais de mobilidade urbana, mas, como o município arcou com as despesas de seu deslocamento, a viagem virou tema de discussão dentro da Câmara carioca e foi alvo de críticas de vereadores. Na ocasião, a oposição reclamou do gasto do prefeito num momento de crise e em que tenta aprovar projetos que vão mexer com o bolso do contribuinte.

Crivella também foi sondar os russos sobre a possibilidade de fazer parcerias público-privadas, mas, num intervalo de seu primeiro compromisso internacional como prefeito do Rio, encontrou o pastor Eder Figueiredo, que coordena templos da igreja na Rússia. Eder registrou a visita em sua página numa rede social. Esta semana, a Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Crivella é bispo licenciado, abriu seu nono templo em terras russas. Na foto, aparece também Sylvia Jane, mulher do prefeito, que pagou passagem.


Objetivo da viagem era conhecer projeto de mobilidade urbana e buscar parceiras público-privadas
Foto: Reprodução
Objetivo da viagem era conhecer projeto de mobilidade urbana e buscar parceiras público-privadas Foto: Reprodução

Mas os gastos para os cofres públicos chegaram a R$ 40 mil, entre bilhetes aéreos, diárias e serviços de tradução. À época, a assessoria do prefeito informou, no entanto, que, para reduzir os custos do erário, Crivella devolveu R$ 5.110,00 dos R$ 14. 139,15 da passagem, já que preferiu viajar de classe executiva. Segundo a assessoria, representantes da Firjan e da Associação Comercial do Rio acompanharam o prefeito para discutirem investimentos para a cidade. A Firjan confirmou que um empresário viajou com o prefeito. No entanto, a Associação Comercial disse que não enviou representante. Pelo governo estadual foi o secretário de Transportes, Rodrigo Vieira. Os gastos de Vieira não foram informados pelo estado.

A assessoria de Crivella disse ainda que o prefeito lida com austeridade com o dinheiro público e comparou os gastos dele com os de seu antecessor. De acordo com a assessoria do prefeito, Eduardo Paes, em oito anos, fez 162 viagens nacionais e internacionais oficiais e usou jatinhos fretados em 69 delas.

Crivella foi saudado por uma multidão de pessoas no estádio Ellis Park, em Joanesburgo, na África do Sul Foto: Reprodução
Crivella foi saudado por uma multidão de pessoas no estádio Ellis Park, em Joanesburgo, na África do Sul Foto: Reprodução

Na Páscoa, em abril, Crivella esteve na África do Sul, mas numa viagem particular, onde participou de um evento da Universal. Desde que assumiu em janeiro, teve três agendas oficiais em Brasília para negociar a rolagem da dívida da prefeitura.

Em dezembro, passou o Natal com a filha em Orlando (EUA). Em novembro, antes de tomar posse e iniciar a transição, Crivella esteve em Jerusalém.