Por Tatiana Santiago, G1 SP — São Paulo


Veja o mapa das ocupações irregulares em São Paulo — Foto: Igor Estrella e Alexandre Mauro/G1

A cidade de São Paulo tem atualmente 206 ocupações que abrigam 45.872 famílias, de acordo com dados do Grupo de Mediação de Conflito, da Secretaria Municipal da Habitação.

Entre as ocupações, existem terrenos e áreas edificadas, como prédios e cortiços. Muitos desses imóveis estão sem manutenção e em péssimas condições estruturais como é o caso do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada desta terça-feira (1º) depois de ser atingido por um incêndio.

A maior parte das ocupações está localizada na região Central da cidade. São 53 na região, o que corresponde a 25,73% do total. Essas ocupações reúnem 3.300 famílias, segundo o levantamento.

Apesar de o Centro registrar o maior número de ocupações, a Zona Leste de São Paulo possui mais moradores que residem em ocupações. São 13.849 famílias nessa região, o que equivale a 30,19% do total. A região tem 45 ocupações e aparece em segundo lugar no ranking.

A Zona Norte de São Paulo aparece na terceira posição das regiões com o maior número de ocupações com 38 imóveis que abrigam 11.427 famílias.

Na região Sul há 31 ocupações em 8.716 famílias e no Extremo Sul foram mapeadas 12 ocupações onde residem 2.666 famílias. A região Sudeste reúne 27 ocupações com 5.914 famílias.

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Centro de SP

Apesar de o levantamento do Grupo de Mediação de Conflito da Secretaria de Habitação apontar que são 53 ocupações no Centro de São Paulo, a estimativa é que, na verdade, sejam 70 imóveis ocupados na região. Este é o total de imóveis que a Prefeitura anunciou nesta terça-feira que vai vistoriar.

O Grupo de Mediação de Conflito é formado por assistentes sociais e arquitetos que negociam a desocupação dos imóveis diretamente com os moradores.

O Centro de São Paulo é uma área de grande interesse por parte do poder público, que pretende reformar prédios que estão ociosos para locação social. O objetivo é garantir que o Centro seja ocupado pela população de baixa renda.

Em julho do ano passado, a Prefeitura de São Paulo anunciou um novo modelo de habitação social com investimento na construção de unidades habitacionais e revitalização de imóveis já existentes no Centro para aluguel subsidiado.

Arte mostra detalhes do incêndio em prédio que desabou no Centro de SP — Foto: Juliane Souza/Editoria de Arte/G1

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