RIO — O prefeito Marcelo Crivella anunciou, durante o velório de Fernando Mac Dowell no Palácio da Cidade, que a Autoestrada Lagoa-Barra, via que liga as zonas Sul e Oeste da cidade, receberá o nome do vice-prefeito, que faleceu na noite do último domingo . Velado no Palácio da Cidade, o corpo do vice-prefeito foi sepultado no cemitério São João Batista, em Botafogo. O cortejo foi restrito aos amigos e familiares. O prefeito Marcelo Crivella, que mais cedo participou do velório, foi ao sepultamento. O decreto deverá ser publicado no Diário Oficial desta quarta-feira.
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— Eu e o governador estamos anunciando que a autoestrada vai se chamar Autoestrada Engenheiro Fernando Mac Dowell em homenagem a um dos mais ilustres nomes da engenharia da nossa cidade. Estávamos conversando e não sabemos de uma obra de vulto em transporte que não tivesse a participação efetiva ou como consultor do Fernando (Mac Dowell) — afirmou o prefeito Marcelo Crivella.
O governador Luiz Fernando Pezão afirmou que é uma perda inestimável para o país:
— Eu sempre acompanhei o trabalho do engenheiro Fernando Mac Dowell desde os tempos de DER (Departamento de Estadas e Rodagens). Era uma fonte de conhecimento, puxava a nossa orelha quando estávamos errados. Há cerca de 30 dias ainda conversávamos sobre novos traçados para o metrô. É uma perda irreparável para o estado, para o país.
Principal elo entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca, a Autoestrada Lagoa-Barra foi inaugurada em 1971. Além de desafogar o trânsito, sua construção foi fundamental para a ocupação e desenvolvimento da Baixada de Jacarepaguá. Atualmente, o fluxo diário de veículos é de, aproximadamente, 80.000 veículos, somando os dois sentidos, segundo a Secretaria municipal de Transportes.
EX-VICE-GOVERNADOR DESTACA CONTRIBUIÇÃO
Engenheiro civil de formação, o deputado estadual e ex-vice governador do Estado do Rio (1995-1999) Luiz Paulo Corrêa da Rocha destacou a contribuição do também engenheiro Mac Dowell para o sistema de transportes do Rio. Eles se conheceram na época em que Mac Dowell era diretor do metrô, disse o deputado.
— Eu o conheço desde a época em que ele foi diretor de planejamento do Metrô. Ele fez parte da minha banca na tese de mestrado. Sempre que havia questões técnicas para serem discutidas ele era sempre convidado. Era uma pessoa sempre disposta a colaborar. Uma pessoa que gostava profundamente de polemizar. Muitas vezes ele esteve em audiências públicas na Alerj dando depoimentos. A última vez em que estivemos juntos foi quando discutimos a Linha 4, cujo traçado do Jardim Botânico foi transferido para Leblon e Ipanema. Ele deu uma contribuição imensa para a nossa sociedade na área da mobilidade — afirmou o deputado.
CRISE ENTRE OS SECRETÁRIOS
Crivella não comentou sobre a crise entre os secretários da Casa Civil, Paulo Messina, e da Educação, Cesar Benjamin. Ao ser questionado pela imprensa se falaria sobre o assunto, o prefeito foi retirado por sua assessoria de imprensa.
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Paulo Messina, chegou por volta do meio-dia e não falou com jornalistas, que só tiveram acesso ao salão onde o corpo é velado por menos de dez minutos. Cesar Benjamin, ainda não apareceu no local. Os dois titulares protagonizaram uma briga em redes sociais.