• João Mathias Consultor: Luiz Antonio Teixeira
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agricultura_banana (Foto: Thinkstock)

Prata, nanicão e pacovan, que produzem cachos e frutos maiores, são as variedades mais cultivadas (Foto: Thinkstock)

Ela tem formato alongado e curvilíneo e polpa carnosa. A casca mole tem coloração que passa do verde ao amarelo, quando amadurece. Para quem a aprecia, oferece muitos benefícios à saúde. Excelente fonte de força e energia, a banana (Musa spp. da família Musaceae) tem presença garantida no cardápio de atletas e esportistas.

Além de contar com diversos nutrientes, como sódio, magnésio e fósforo, a banana é rica em potássio, substância que previne a incidência de cãibras. Também possui vitaminas A, C e do complexo B, além de propriedades que combatem inflamações intestinais e gastrites.

Seu principal consumo é in natura, porém há várias receitas que são feitas com banana, como sorvete, tortas, vitaminas, geléias, licores e doces. Assada ou frita é apreciada para acompanhar as refeições.

As plantações de bananeiras são encontradas sobretudo nas regiões Nordeste e Sudeste. A frutífera se desenvolve bem em locais com temperaturas entre 22 e 31 graus. Áreas com ocorrência de geadas ou ventos fortes devem ser evitadas. Planta de regiões úmidas e quentes, a bananeira tem sua origem no sul da Ásia.

Apesar de registrar apenas um cacho por ano, a produção é abundante. As pencas podem ser carregadas com um total de até 200 bananas. A bananeira é constituída de um falso tronco, formado por várias folhas grandes e verde-claras, que atingem de 1,8 a oito metros de altura. Elas nascem do caule subterrâneo da planta, conhecido como rizoma.

A cada safra, a bananeira se reproduz com a emissão de novas plantas. Sua propagação é realizada com mudas limpas da parte escura do rizoma. Entre as principais pragas que atacam a lavoura incluem moleque ou broca-do-rizoma, nematóides, tripes da ferrugem dos frutos e ácaros. Dependendo da variedade e do clima, a produção pode ser afetada por doenças, como sigatoka amarela ou negra, mal-do-paraná e moko. A cultivar nanicão IAC 2001, do IAC - Instituto Agronômico, é resistente à sigatoka amarela e apresenta tolerância à sigatoka negra.

Prata, nanicão e pacovan, que produzem cachos e frutos maiores, são as variedades mais cultivadas. Com frutos médios e grandes, a nanica é muito procurada em São Paulo e nos estados do Sul. A banana- maçã é menos produtiva, mas seus frutos são muito valorizados devido ao sabor diferenciado e à boa digestibilidade. No Nordeste e Centro-Oeste predomina a tipo prata, mas a de sabor e aroma mais nobre e de fácil digestão é a banana-maçã. Com teor elevado de amido, a figo e a terra são consumidas cozidas.

Raio X

PLANTIO: o ano todo em regiões com boa irrigação e, no início da estação das chuvas, em locais de clima seco
SOLO: fértil, bem drenado, rico em matéria orgânica, livres de encharcamento
TEMPERATURA IDEAL: de 22 a 31 graus.
COLHEITA: cerca de um ano após o plantio, mas a seca e o frio podem aumentar o ciclo
ÁREA MÍNIMA: uma planta ocupa cinco metros

Mãos à obra

ÉPOCA - Em locais com boa irrigação, a plantação de mudas de bananeira se dá bem em qualquer período do ano. Porém, se a região for mais seca, a melhor época é o início da estação das chuvas.

LOCAL - As regiões úmidas e com chuvas regulares são as mais indicadas para o plantio de bananeiras. A planta também gosta de temperaturas quentes, desde que não seja em excesso. Locais onde ocorrem períodos abaixo de 15 graus devem ser evitados, pois não toleram geadas.

SOLO - Deve ser drenado e livre de encharcamento; o excesso de água leva as raízes ao apodrecimento. Escolha áreas pouco acidentadas, planas ou com declive abaixo de 8%. A profundidade deve ser acima de 25 centímetros. Mantenha o solo limpo com capinas regulares. Com facão, retire as folhas velhas e as brotações supérfluas.

ADUBAÇÃO - Para o preparo da terra, pode ser usada como adubo uma das seguintes opções: dez litros de esterco de curral curtido; dois litros de esterco de aves; ou um litro de torta de mamona. Mas, como a planta pede a adição de nutrientes, sobretudo potássio, é importante analisar o solo para determinar a adubação e a calagem.

SEMEADURA - O plantio das mudas é feito em covas de 30 x 30 x 30 centímetros. Também podem ser abertos sulcos em nível, com 30 centímetros de profundidade. O espaçamento é medido de acordo com o porte da cultivar: se alto, recomenda-se 2 x 3 metros ou 3 x 3 metros; se baixo ou médio, a indicação é de 2 x 2 metros ou 2 x 2,5 metros. Mantenha só uma família por cova.

COLHEITA - Um ano depois do plantio e pode durar o ano todo. A colheita deve ser feita com cuidado, pois qualquer batida causa escurecimento dos frutos.

*Matéria publicada originalmente em março de 2007