31/12/2013 14h11 - Atualizado em 31/12/2013 14h16

Cuidados podem proteger cães do estresse causado por fogos na virada

Com sensibilidade auditiva maior, pets sofrem nas festas de fim de ano.
Especialistas dão dicas para tranquilizar os animais na hora da virada.

Do G1 RS

Quem tem cachorro em casa sabe o quanto eles sofrem com o barulho dos fogos de artifício nas festas de final de ano. Mas existem alternativas e alguns cuidados que os donos podem tomar para tranquilizar os animais e garantir uma virada de ano bem menos estressante para eles, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo).

Segundo especialistas, o barulho incomoda tanto os cachorros porque eles têm a audição quatro vezes mais potente que a dos humanos. O medo dos fogos faz parte do instinto de buscar proteção. O mesmo acontece durante as tempestades. Por isso, é preciso cuidado redobrado para evitar as fugas.

“Qualquer buraco que a gente não imagina que o bichinho vá passar, ele consegue escapar. O desespero é muito grande. É nesta época de final de ano que acontecem as maiores perdas de cães”, comenta o adestrador Roberto Michaelsen.

Mesmo com adestramento é difícil fazer os animais perderem o medo dos fogos de artifício. Nas aulas, Roberto usa música para acalmar os animais, mas bastam que eles ouçam o barulho de fogos para ficarem agitados. A recomendação é proteger os animais para evitar acidentes.

Uma dica que pode ajudar os cachorros nesta época do ano é bem simples e deveria ser feita todos os dias, diz o adestrador. Uma caminhada e muita brincadeira ajudam a tranquilizar os bichinhos nesta época bastante tumultuada para eles.

Na hora da virada, a recomendação é deixar os animais em ambientes fechados. Dá até para colocar uma música pra deixar eles mais calmos. Outra dica é criar um abrigo para que os cachorros possam se esconder.

“É bem importante mesmo essa coisa de criar um abrigo no sentido de criar mais conforto. Eles se sentem mais seguros, muitas vezes até uma caminha feita embaixo do sofá ou até a casinha deles colocada mais próxima do ambiente onde a família está, faz eles se sentirem mais seguros”, diz a médica veterinária Leila Barwinkel.

Segundo o adestrador Roberto, é mais importante é não reforçar o comportamento de pânico do cão. O dono precisa mostrar segurança para que essa sensação seja transmitida para o animal, ressalta ele.

O estudante André Luis Juliano conta que sempre tomou esses cuidados. Mas, no Natal, os fogos estressaram tanto a cachorrinha Kika que ela está com sequelas até hoje. Nesses casos, o ideal é recorrer aos medicamentos, mas sempre com indicação do veterinário.

“A gente não gosta muito de fazer isso porque, dependendo do animal, essa medicação pode dar algum problema. Mas como a gente levou ela no veterinário, foi feito exame de sangue e tudo o mais, a gente vai acabar usando o remédio”, diz o dono da Kika.

Para quem vai passar a virada longe de casa e está disposto a gastar para evitar o estresse dos animais, os hotéis para pets e canis são uma alternativa. Em um estabelecimento que oferece esse serviço em Porto Alegre, não há mais vagas: 80 cães vão passar a noite do Ano Novo no local.

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