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'Acordo de Paris é irreversível', diz Macron

Presidente francês afirmou que China, Russia e Índia reiteraram seu compromisso sobre o clima
Macron falou à imprensa após reunião com prefeita de Paris e ex-prefeito de Nova York Foto: Stephane de Sakutin / AP
Macron falou à imprensa após reunião com prefeita de Paris e ex-prefeito de Nova York Foto: Stephane de Sakutin / AP

PARIS- O presidente francês Emmanuel Macron afirmou, nesta sexta-feira, que o "Acordo do clima de Paris é irreversível", independente da decisão do presidente americano Donald Trump de se retirar do pacto.

- O Acordo de Paris é irreversível e ele será implementado porque é nossa responsabilidade- afirmou Macron, após uma reunião com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo e o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Macron acrescentou que China, Russia e Índia confirmaram seu compromisso com o acordo.

- Ontem, o governo de uma grande nação renunciou às suas obrigações climáticas, mas uma nação não é apenas o seu governo- disse Macron. - Outros atores - políticos, econômicos e civis - levantaram-se, e milhares de iniciativas promissoras estão sendo tomadas. Vamos apoiá-los e lutar ao lado deles.

Após o encontro, o ex-prefeito de Nova York também falou com a imprensa. Segundo, Bloomberg, independente da decisão de Trump, os americanos não irão desrespeitar o acordo.

- Os americanos não precisam de Washington para cumprir nossos compromissos de Paris, e não vão deixar que Washington fique no caminho disso. Eu quero que o mundo saiba que os Estados Unidos cumprirão os compromissos assumidos em Paris, e  que através de parcerias entre as cidades, estados e empresas, nós continuaremos a fazer fazer do Acordo- disse.

RECORDE NO TWITTER

Macron se tornou, nesta sexta-feira, o francês com mais retuítes com a mensagem "Make our planet great again (Faça nosso planeta grande de novo)" publicada no Twitter, que foi compartilhada mais de 140.000 vezes, segundo a rede social.

Na quinta-feira às 23H30 (18H30 de Brasília), o presidente francês fez uma declaração em seu idioma e depois em inglês para responder a Donald Trump, que tinha acabado de anunciar a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.

Paralelamente, escreveu um tuíte desafiando seu contraparte americano, defendendo "tornar nosso planeta grande de novo", uma versão modificada do famoso lema de campanha de Trump "fazer os Estados Unidos grandes de novo" (Make America great again).

A mensagem, escrita em maiúsculas sobre um fundo verde, foi compartilhada no mundo todo. Mais de 20% dos retuítes foram nos Estados Unidos, 10% na França, 5% no Reino Unido e 3% no México, segundo a empresa Visibrain.

O recorde de retuítes para um político pertence ao ex-presidente americano Barack Obama, cuja mensagem "Four more years" (Mais quatro anos), durante sua reeleição em 2012, foi compartilhada mais de 900.000 vezes.