Caderno de provas do Enem 2016 — Foto: G1
Entrar na faculdade exige, necessariamente, passar por uma prova. Pode tanto ser o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou um vestibular próprio. Hoje, as universidades públicas mais importantes do Brasil já substituíram o vestibular tradicional pelo Enem, mas há ainda quem mantenha a sua própria prova, como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Sistema misto de seleção
Há também instituições, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que mesclam os dois métodos para selecionar seus candidatos. Para disputar vagas em alguns cursos da Unifesp, como medicina, por exemplo, é necessário fazer o Enem, que funciona como uma primeira fase da seleção, e uma outra prova aplicada pela universidade.
Definido o curso e a instituição, é fundamental entender como funciona seu processo seletivo, pois cada um tem sua particularidade. Ao conhecê-las, você aumenta a chance de sucesso. O vestibular da Unicamp, por exemplo, cobra mais de uma redação de gênero diferente, e nem sempre é a tradicional dissertação. No ano passado, os vestibulandos tiveram de escrever uma carta argumentativa para um órgão de imprensa sobre imigração no Brasil, e um artigo sobre uma campanha publicitária para arrecadar fundos para um biblioteca.
O ENEM
O Enem é um exame que foi reformulado a partir de 2009, e cada vez mais tem cobrado conteúdo se assemelhando a um vestibular tradicional. Para se dar bem é necessário dominar conceitos, fórmulas, atualidades e teorias do ensino médio. E ter fôlego! O Enem é aplicado em dois dias, possui 180 questões divididas em quatro áreas do conhecimento (ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática), e uma redação.
Neste ano, pela primeira vez ocorre em dois domingos – 5 e 12 de novembro, e não mais em um mesmo fim de semana. A mudança promete dar um refresco aos vestibulandos que têm no fim do ano uma maratona pesada de provas. Entre os meses de outubro e novembro costumam ser aplicados os exames das principais universidades de São Paulo, como da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Unicamp.
O SISU
Depois de fazer o Enem, é necessário esperar abrirem as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ocorrem em dois períodos do ano: em janeiro e em julho. O Sisu é o sistema que seleciona os candidatos às vagas nas instituições públicas, de acordo com o desempenho no Enem. O sistema foi lançado em 2010 e ocorre em duas edições por ano.
Ao longo de sua criação, já ofereceu 1.541.406 vagas em universidades públicas de todo o país.
Para se inscrever no Sisu, o estudante não pode ter zerado na redação. É possível se inscrever em até duas opções de curso.
O sistema calcula uma nota de corte, a partir do desempenho dos candidatos, e gera listas parciais de classificação que mudam até o último dia de inscrição. Por isso, o candidato consegue saber quais as chances de ele ser aprovado. Se ele não tiver pontuação suficiente, tem liberdade para migrar para outro curso durante todo o período de inscrição.
As instituições têm autonomia para definir diferentes pesos para as provas de cada área do conhecimento do Enem, por isso o as classificações de um mesmo candidato podem mudar de acordo com a vaga. Por exemplo: uma instituição pode exigir uma nota mais alta na prova de ciências da natureza. Então, o aluno que tem essa nota pode ser classificado para esta vaga, e não ter pontuação suficiente para outra, em que exige, por exemplo, melhor desempenho em linguagens.