Edição do dia 14/07/2017

14/07/2017 21h29 - Atualizado em 14/07/2017 21h29

Carro autônomo viaja 74 quilômetros de Vitória a Guarapari, no ES

Veículo tem sensores a laser e câmeras no teto para identificar obstáculos.
Por precaução, motorista estava a postos, mas quase não tocou o volante.

Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo estão envolvidos com uma tecnologia que vai revolucionar os sistemas de transporte no planeta.

No carro tem algo diferente: a mão do motorista chega perto, mas não encosta no volante.  O motorista só está ali por precaução. O carro faz tudo sozinho. E assim percorreu 74 quilômetros. Uma viagem começou em Vitória, passou pela cidade de Vila Velha, até chegar a Guarapari. O carro atravessou pontes, retas, fez curvas, passou por uma obra e até pela praça de pedágio.

Se as pessoas que estão no carro notarem que tem alguma coisa errada ou algum perigo, elas podem apertar ume botão amarelo. É um botão de emergência. A pessoa aperta o botão e imediatamente assume o controle do veículo. Mas nessa viagem de Vitória a Guarapari, poucas vezes foi preciso apertar o botão. Só em algumas situações bem específicas, em que os computadores não conseguiram interpretar o que estava acontecendo.

No sinal vermelho, o carro parava sozinho e acelerava quando ficava verde. A dificuldade foi quando eles encontraram um sinal que só estava piscando na luz amarela.

“A gente não tinha implementado isso no sistema. Aí chegava no sinal piscando no amarelo tinha que assumir o carro. Essa foi a principal intercorrência”, disse o professor de informática Alberto de Souza, coordenador do projeto.

O carro tem sensores a laser e câmeras no teto e assim identifica os obstáculos. Se alguém entrar na frente por exemplo, o carro para. No porta-malas, um computador interpreta as informações e dá os comandos para o veículo. É o resultado de uma pesquisa que começou oito anos atrás na Universidade Federal do Espírito Santo. Agora, a intenção é fazer o carro e computador funcionarem de um jeito cada vez parecidos com o cérebro e o corpo humano.

“No futuro, a gente quer que o carro ouça se o barulho está bom, sinta a trepidação”, afirma o professor.

veja também