Por G1 Santos


Professores de Cubatão, SP, entram em estado de greve nesta terça-feira — Foto: Divulgação

O paço municipal de Cubatão (SP) amanheceu nesta terça-feira (12) tomado por professores da rede municipal de ensino, que paralisaram as atividades e estão em estado de greve devido à perda de 30% do salário referente à gratificação por nível superior, pagamentos abaixo do piso salarial aos professores da Educação Infantil I e cortes na jornada de trabalho.

A manifestação inclui arrecadação de roupas para cubatenses afetados pelas enchentes que atingiram a região na semana passada, atividades culturais e passeata pelo centro da Cidade. Às 16h, os professores irão acompanhar a sessão da Câmara Municipal e, às 18h, se reunirão para discutir, em assembleia, se haverá novas paralisações.

Professores montaram um varal, em frente ao paço municipal, com roupas que serão encaminhadas a doação — Foto: Divulgação

30% a menos

O Município teve de reajustar o quadro de salários dos servidores depois que o 3º artigo da Lei Complementar 85, de dezembro de 2016, foi julgado como inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Com a alteração, os funcionários perderam o benefício de 30% referente à gratificação por nível superior.

Desde então, o Sindicato dos Professores Municipais de Cubatão e a Comissão de Lutas de Cubatão têm coordenado manifestações no paço e na Câmara, considerando, além dos impactos da perda dos 30%, o fato de que:

  • O pagamento das férias dos professores não levou em conta a média dos vencimentos no período aquisitivo;
  • Os professores da Educação Infantil I não recebem de acordo com o piso nacional docente;
  • Os professores do Ensino Fundamental II que atuam em ampliação de jornada não contribuem integralmente ao Fundo Previdenciário;
  • As tabelas de vencimentos da Lei 22/2004 estão defasadas e não houve compromisso do governo em reavê-las.

As últimas manifestações ocorreram nos dias 30 de janeiro e 5 de fevereiro. Como não houve retorno por parte da prefeitura, os servidores optaram por mais uma paralisação nesta terça-feira.

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