Por G1 Rio


Incêndio em escola e tiroteio assustam moradores do Complexo da Maré

Incêndio em escola e tiroteio assustam moradores do Complexo da Maré

A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que uma professora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Azoilda Trindade, na Comunidade da Maré, foi baleada de raspão enquanto tentava proteger os alunos do intenso tiroteio que acontecia na tarde desta segunda-feira (19) na comunidade.

Segundo a SME, na hora em que foi atingida, a professora estava com uma das 30 crianças atendidas na unidade ao seu lado. Além dos alunos, com idades até 5 anos, também estavam no EDI os 14 professores e 24 auxiliares e funcionários da limpeza.

Incêndio atinge CIEP na Maré

Incêndio atinge CIEP na Maré

Incêndio em Ciep

Também na tarde desta segunda-feira, um incêndio atingiu o Ciep Presidente Samora Machel, na Maré. O fogo começou por volta das 14h na sala de informática, que reunia equipamentos e instrumentos musicais.

Segundo a secretaria, o incêndio teria sido controlado com a ajuda de moradores da comunidade antes mesmo da chegada dos bombeiros. Moradores também relataram que os agentes teriam exigido a escolta de blindados da PM para entrar no local.

O CBMERJ rebateu a informação da secretaria e afirmou que foram os agentes dos quarteis de Ramos e Caju que controlaram o fogo e ainda atuaram no rescaldo. A corporação afirmou que vai investigar se houve demora no atendimento, mas confirmou que houve o pedido de auxílio de blindados da PM, o que, segundo a assessoria, é um protocólo padrão.

De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, há um protocolo que permite que agentes que não se sentirem seguros em algum lugar podem pedir escolta da polícia.

Cerca de 400 alunos estavam no Ciep na hora do incêndio, e foram encaminhados por professores e funcionários ao pátio do Ciep Elis Regina, vizinho à unidade, onde ficaram aguardando pais e responsáveis. De acordo com a SME, ninguém se feriu nesse caso.

Moradores relatavam o tiroteio desde cedo. A página Maré Vive publicou o relato de uma mãe que ficou no meio do tiroteio quando tentava buscar sua filha no Ciep Elis Regina, após o incêndio. "Eu sou mãe de uma aluna eu e outros pais ficamos no meio do tiroteio...tivemos que entrar lá no Luta Pela Paz até acalmar a situação... Crianças e mães chorando triste e revoltante de ver", dizia o relato.

A Polícia Militar negou que estaria participando de operação na comunidade nesta segunda. Já a Polícia Civil informou que a DCOD, DRFC e a CORE realizaram uma operação na comunidade a fim de checar informação de inteligência. Segundo a corporação, em uma determinada casa na Nova Holanda, teriam inúmeros traficantes reunidos.

Em determinado momento, agentes da CORE trocaram tiros com traficantes da favela Baixa do Sapateiro, que tem atuação de uma facção rival à da na Nova Holanda conhecido pelo vulgo "90", que atua como "gerente" na localidade, foi baleado.

Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Com ele foi apreendida uma pistola, munições, carga de drogas e um rádio comunicador. Na ação, também foram apreendidos cerca de 10kg de maconha e outros materiais para preparação de drogas.

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