Ajudar uma amiga em momento de crise no mercado de embalagens plásticas. Essa foi a explicação do deputado federal e ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez (PT) enviada ao ministro Celso de Mello, relator de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o petista, para justificar sua relação com uma empresa acusada pela Receita de sonegar mais de R$ 8,5 milhões em impostos ao omitir movimentação superior a R$ 40 milhões em 2005. Para o Ministério Público, a empresa é do petista, mas está em nome de laranja. Sanchez nega.
Entre outras evidências encontradas pelos procuradores para sustentar a acusação contra o parlamentar, há uma procuração em que a amiga de Sanchez transfere a ele plenos poderes sobre a empresa. O petista afirmou ao ministro Celso de Mello que o documento foi firmado para o caso de eventual ajuda burocrática.
O inquérito foi enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que analisa outra acusação contra Sanchez. O parlamentar foi acusado de receber R$ 2,5 milhões da Odebrecht em caixa dois nas eleições de 2014, segundo delatores da empreiteira.
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