Política Massacre em Suzano

Escola de Suzano reabrirá com psicólogos mas ainda sem aulas

Colégio Raul Brasil terá roda de conversas a partir de segunda-feira, segundo secretário da Educação
PA Suzano ( SP ) Muro da Escola Estadual Raul Brasil onde dois rapazes mataram na quarta-feira (13) , 9 pessoas entre alunos e funcionarios e depois suicidaram. Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
PA Suzano ( SP ) Muro da Escola Estadual Raul Brasil onde dois rapazes mataram na quarta-feira (13) , 9 pessoas entre alunos e funcionarios e depois suicidaram. Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

SUZANO - A escola estadual Raul Brasil , local da tragédia de Suzano , reabrirá na segunda-feira para que alunos, funcionários e moradores da cidade convivam e se reapoderem do espaço após o ataque a tiros na última quarta-feira. Mas ainda não há previsão de retomada das aulas.

- Temos que respeitar o tempo e o espaço de cada aluno, funcionário, e das famílias no seu processo de luto. O momento mais apropriado é o tempo que vai dizer. Precisamos ouvir as pessoas primeiro - disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, que foi a Suzano.

Na tarde desta sexta-feira, houve uma reunião de funcionários, alunos e psicólogos na escola. A ideia era traçar um plano de acolhimento e volta às aulas. Não se fechou, porém, um calendário específico, e sim uma reabertura parcial, sem atividades obrigatórias.

- Nenhum professor ou aluno estará obrigado a vir para a escola. Mas, se desejarem, haverá atividades culturais, rodas de conversa e atendimento com psicólogos, pedagogos e psiquiatras no local. As ações devem durar toda a semana - disse Rossieli.

A primeira dama do estado, Bia Doria, também esteve na escola, colocou flores na porta e conversou com funcionários. Os alunos fizeram um abraço simbólico ao colégio. As paredes estão cheias de mensagens em referência ao ataque. Há muitos pedidos de paz, e mensagens de despedida às vítimas.

- O prédio terá que passar por uma reforma estrutural, mas o mais importante agora é a reconstrução emocional de alunos, professores e comunidade no entorno - disse o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, acompanhado da esposa, Larissa.