Blog do Camarotti

Por Gerson Camarotti


O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), presidente do partido Solidariedade — Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

Depois de o "Blocão" (DEM, PP, PR, PRB e SD) chegar a um entendimento com o pré-candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, o partido Solidariedade passou a ameaçar deixar o grupo, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.

As notícias sobre o pré-acordo não foram bem recebidas entre os integrantes do partido. A legenda é contrária ao fim do imposto sindical, aprovado na nova lei trabalhista com o apoio dos tucanos.

Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, chegou a defender durante a reunião com Alckmin, nesta quinta (19), uma alternativa para o financiamento dos sindicatos.

Segundo Paulinho, a mensagem abaixo postada por Alckmin no Twitter causou irritação entre os integrantes da Força Sindical:

"Não vamos fechar nenhuma janela de negociação. Decisão mesmo, só na semana que vem", afirmou Paulinho da Força.

Negociações

Diante da insatisfação do Solidariedade com a aproximação entre "Blocão" e Alckmin, passou a ser discutida nos bastidores a formação de um novo grupo de partidos (SD, PSB, PCdoB e PDT) para apoiar a candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, disse ao blog que a base sindical do Solidariedade reagiu muito mal ao movimento do "Blocão" em apoio a Alckmin.

"Diante da rejeição da base do partido a Alckmin, Paulinho ligou hoje [sexta, 20] para Orlando Silva, do PCdoB, e Renato Casagrande, do PSB, para analisar a possibilidade de apoiar Ciro Gomes", afirmou Juruna.

Paulinho iniciou contatos com PCdoB e PSB durante uma reunião com integrantes do Solidariedade que demonstraram forte desconforto com a aproximação com os tucanos.

Consideram que há uma disposição maior a apoiar Ciro Gomes, porque ele já se manifestou a favor de uma revisão da reforma trabalhista.

— Foto: Editoria de Arte / G1

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