Política

Investigações de crimes contra administração pública cresceram 13%, diz MPF

Dados fazem parte de levantamento sobre a atuação do Ministério Público no país
Reunião do Conselho da PGR: Rodrigo Janot, Raquel Dodge e o relator do Conselho do Ministério Público, José Bonifácio Borges de Andrada Foto: Ailton de Freitas / O Globo
Reunião do Conselho da PGR: Rodrigo Janot, Raquel Dodge e o relator do Conselho do Ministério Público, José Bonifácio Borges de Andrada Foto: Ailton de Freitas / O Globo

BRASÍLIA - Promotores e procuradores da República abriram 46.657 investigações para apurar irregularidades relacionadas à improbidade administrativa ao longo de 2016. O resultado é 13,1% superior ao número de investigações abertas sobre o mesmo assunto em 2015, que foi de 41.241. O Ministério Público Federal e os estaduais também instauraram 23.139 procedimentos investigatórios para apurar os mais diversos tipos infrações penais, que vão de crimes contra o patrimônio à violência contra a mulher.

As informações constam do sexto levantamento sobre a atuação do Ministério Público no país, batizado de “Ministério Público, um retrato 2017”, divulgado nesta quarta-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A divulgação de dados sobre a atuação de procuradores e promotores possibilita maior controle social sobre o Ministério Público e “reafirma o compromisso institucional com valores como ética, transparência, cooperação, independência e inovação”, disse Janot em discurso lido na abertura reunião do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O documento informa ainda que em 2016, o Ministério Público recebeu 7.129.455 inquéritos conduzidos pela polícia. Deste total, 395.391 são relacionados à agressão contra mulheres. O levantamento não diz se houve ou não aumento deste tipo de crime nos últimos anos. Isto porque um mesmo inquérito pode passar várias vezes pelas mãos de um promotor ou procurador antes de ser arquivado ou transformado em denúncia.

O estudo diz também que em 2016, o Ministério Público ofereceu 820.485 denúncias. No mesmo período, foram arquivados 703.126 inquéritos policiais. Segundo a assessoria do CNMP, o “retrato” serve para gestores do Ministério Público traçarem políticas e redefinirem prioridades de atuação.