Por G1 Centro-Oeste de Minas


Catadores de lixo trabalham em Nova Serrana: cidade pode ganhar cooperativa do setor — Foto: Prefeitura de Nova Serrana/Divulgação

Cerca de 90% dos catadores de lixo reciclável em Nova Serrana atuam de forma informal, sem fazer parte de nenhuma associação ou cooperativa. Por causa disso, as secretarias de Desenvolvimento Social e Meio Ambiente começaram a cadastrar os trabalhadores.

Esta é a primeira etapa para a inclusão da cidade no projeto "Minas Reciclando Atitudes, Repensando o Futuro", do governo estadual, que pretende implantar a coleta seletiva e incluir quem exerce a função.

Em nota, a Prefeitura de Nova Serrana informou que, caso a iniciativa dê certo, haverá fomento a empreendimentos econômicos do setor de recicláveis. Segundo uma das coordenadoras da iniciativa em Nova Serrana, Jassiara dos Santos Figueiredo, cerca de 1.600 catadores em 42 municípios mineiros já participam do projeto.

“Cerca de 70% dos catadores em Minas não estão organizados em cooperativas. A ideia é contribuir para que eles possam ser incluídos no processo produtivo de coleta seletiva. Para os quase 30% que já estão organizados em associações e cooperativas, a ideia é fortalecer essas entidades”, explicou.

Outra etapa consistirá em ações para conscientizar a população sobre a necessidade da coleta seletiva. Jassiara explica que ela ocorre por razões ambientais e de saúde pública. "Além de garantir a geração de renda para parte da população mais vulnerável das cidades, que pode obter ganhos de renda com materiais que são descartados nos lixões", completou.

Juntos são mais
Segundo o Executivo, 90% dos catadores locais trabalham informais. Jassiara disse que a criação de uma associação geraria benefícios.

"Uma associação ou uma cooperativa é união voluntária de pessoas que se organizam para realizar objetivos comuns e é administrada democraticamente. Todos os associados ou cooperados têm os mesmos direitos e os mesmos deveres. Entre os benefícios, podemos citar a melhoria das condições de trabalho e da qualidade de vida; captação de recursos por meio de projetos, além da garantia de defesa dos direitos dos catadores", comentou.

As visitas ocorrem até maio por uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social, que é composta por uma das técnicas responsáveis, dois assistentes sociais e um psicólogo.

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