BRASÍLIA — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso , autorizou o envio de informações ao Ministério Público de um processo que investigou o presidente Michel Temer por supostas irregularidades no porto de Santos. A informação, veiculada pela TV Globo, é de que o material será analisado junto a uma outra investigação em aberto, que apura se um decreto presidencial assinado por Temer no ano passado beneficiou a empresa da área portuária Rodrimar em troca de propina. O processo foi arquivado por falta de indícios.
Segundo a reportagem, a Polícia Federal pediu acesso aos autos do processo no fim do ano passado. O arquivamento foi feito em 2011. A PF percebeu que as duas investigações envolvem as mesmas pessoas, o que pode ajudar no inquérito mais recente.
Os investigadores querem saber se também houve pagamento de propina por parte das empresas que atuavam no porto de Santos na época. E se houve continuidade do crime.
O inquérito antigo traz tabelas relacionando “parcerias” com empresas e, ao lado de cada uma, iniciais, como “MT”, e valores. A polícia suspeita que MT – que aparece por exemplo, ao lado do nome da Rodrimar - pode ser uma referência a Michel Temer. Junto às iniciais aparecem valores de R$ 300 mil e mais R$ 200 mil para campanha. Há ainda as iniciais MA e a letra L. Essa última, segundo a PF, pode ser uma referência ao coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer.