Por Carol Prado, G1


'Acolher psicopata não é feminismo', diz Isis Valverde sobre surra em novela

'Acolher psicopata não é feminismo', diz Isis Valverde sobre surra em novela

A cena é recorrente: a vilã mais odiada da novela ganha o troco por todas as suas maldades em uma surra daquelas, para deleite de sua rival - e delírio do público. Aconteceu na semana passada em "A Força do Querer" (Globo): Irene (Débora Falabella) foi nocauteada por Joyce (Maria Fernanda Cândido) e Ritinha (Isis Valverde), após usar seus dotes de falsiane para conquistar Eugênio (Dan Stulbach). Mas nem todo o mundo se sentiu vingado.

Na internet, a cena causou polêmica - alguns disseram que ela incentiva a competição entre as mulheres. No lançamento do filme "Malasartes e o duelo com a morte", Isis comentou a polêmica. "Eu achei isso muito bizarro". E continuou:

"Eu sou super feminista. Mas as pessoas acabam ou confundindo feminismo com femismo - essa coisa de rasgar sutiã, bater em homem - ou achando que nenhuma mulher pode rebater a outra."

Na trama, Irene fingiu ser amiga de Joyce enquanto usava estratégias, digamos, inescrupulosas para seduzir Eugênio, seu marido. Ao descobrir a traição e encontrar a mulher no banheiro de um restaurante, a personagem de Maria Fernanda Cândido usou seu salto alto para bater na inimiga, com a ajuda de Ritinha. Para Isis, a vilã mereceu.

"Isso não é feminismo, acolher uma pessoa que faz uma psicopata. Ela envenenou uma pessoa ao longo da novela, tentou matar outra, arma situações para outras pessoas se darem mal, não tem sentimentos pelo outro. Ela foi atrás da surra, ninguém foi atrás dela", avalia.

Isis Valverde e Débora Falabella em 'A Força do Querer' — Foto: TV Globo

Mocinha improvável

Em "A Força do Querer", Isis vive uma mocinha impulsiva. Ela começou a trama noiva de Zeca (Marco Pigossi), mas encantou Ruy (Fiuk), com quem acabou fugindo no dia de seu casamento.

Casou com Ruy, a quem engana dizendo ser ele o pai de Ruyzinho, na verdade filho de Zeca. Heroína questionável, Ritinha vive dizendo que ama mais a si mesma do que a qualquer um. A atriz define sua personagem:

"A Ritinha tem um quê de realismo fantástico, por isso tem reações muito improváveis. Ela não é nem mocinha nem vilã. Tem uma dubiedade."

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