Economia

Desemprego no Rio de Janeiro avança para 15,6% no segundo trimestre

Dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE

RIO - O desemprego no Rio de Janeiro ficou em 15,6% no segundo trimestre do ano. No primeiro trimestre, a taxa foi de 14,5%. É a segunda taxa mais alta do país, atrás apenas de Pernambuco (18,8%).

No país, a taxa de desemprego recuou para 13% no segundo trimestre do ano, atingindo 13,5 milhões de pessoas. Nos primeiros três meses de 2017, 13,7% da força de trabalho buscava emprego, ou 14,2 milhões de pessoas, dois recordes para a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua, iniciada em 2012.

INFOGRÁFICO ESPECIAL : Quantas vagas formais de trabalho sua cidade criou ou fechou em 2017?

LEIA MAIS: No Brasil, falta trabalho para 26,3 milhões

Das cinco regiões brasileiras, todas apontaram recuo na taxa de desemprego, com exceção do Nordeste, onde houve estabilidade.

Os números do Rio de Janeiro mostram que o estado está na contramão da tendência observada no resto do Brasil, em que há sinais de estabilização do mercado de trabalho neste ano. Rio e Pernambuco são as únicas unidades da federação em que não houve queda da taxa de desemprego. Nas 25 demais, o número caiu ou não subiu de forma estatisticamente relevante, segundo a metodologia do IBGE. A taxa fluminense ficou 1,1 ponto percentual maior. Segundo Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, a situação do Rio está ligada à crise pela qual o estado passa.

— A ocupação no Rio de Janeiro ficou estável, enquanto aumentou em 114 mil o número de pessoas desocupadas. A taxa cresce pelo aumento da procura. (O estado) Não gera ocupação e há uma procura maior. O Rio tem 1,3 milhão de pessoas desocupadas, é um número bastante expressivo. É um aumento de 9,4% frente ao primeiro trimestre. Tem a ver com a crise, com esse cenário que o Rio de Janeiro está passando hoje — afirma Cimar.

Segundo o técnico, a crise é sentida mais fortemente na indústria, onde o nível de emprego caiu 8,3% frente ao mesmo trimestre do ano anterior e recuou 1,6% frente ao primeiro trimestre. Já a saída tem sido pelo grupo de alojamento e alimentação, inclusive por ocupações informais: essa categoria de trabalho registrou crescimento de 3,1% frente ao primeiro trimestre e saltou 17,4% na comparação anual.