Por G1 — Brasília


Montagem mostra o empresário Joesley Batista (esq.), um dos donos do grupo J&F, e Ricardo Saud (dir.), executivo da empresa — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A defesa de Joesley Batista e de Ricardo Saud informou ter pedido nesta quarta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não prorrogue as prisões temporárias dos clientes.

Esse tipo de prisão tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogado por mais cinco ou ser convertido em prisão preventiva, sem prazo.

Os dois executivos do grupo J&F foram presos no último fim de semana por determinação do ministro do STF Luiz Edson Fachin, a pedido da Procuradoria Geral da República.

A PGR decidiu revisar as delações de Joesley e de Saud para apurar se eles omitiram informações dos investigadores. O acordo pode até ser rescindido e, também no fim de semana, os benefícios concedidos aos delatores foram provisoriamente suspensos por determinação de Fachin.

"Considerando que os requerentes [Joesley e Saud] jamais cooptaram membro do parquet [Ministério Público] e/ou omitiram informações maliciosamente, tampouco pretendem omitir provas, requer-se que a prisão temporária não seja renovada, muito menos, convertida em preventiva", diz o pedido da defesa dos executivos.

Suspeitas

No último dia 31, os delatores da J&F entregaram à PGR um áudio, com cerca de 4 horas, para complementar o acordo.

Segundo a Procuradoria Geral da República, a gravação sugere que o ex-procurador Marcello Miller, que atuou no grupo da Lava Jato, auxiliou os delatores da JBS a "confeccionar" as propostas do acordo.

Em depoimento, porém, Joesley Batista disse que Miller não orientou a elaboração do acordo.

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