Por Bom Dia Rio


Aplicativos ajudam população falar diretamente com a Polícia Militar

Aplicativos ajudam população falar diretamente com a Polícia Militar

Para falar diretamente com a população, alguns batalhões do Rio de Janeiro estão criando grupos de Whatsapp com moradores. De acordo com a polícia, os grupos auxiliam no combate ao crime e facilitam no recebimento de denúncias. Na Barra da Tijuca, além dessas mensagens, um aplicativo foi criado por um morador para ajudar nas denúncias e facilitar o pedido de ajuda para a polícia, como mostrou o Bom Dia Rio na manhã desta terça-feira (15).

Foi pensando em se mostrar mais presente para a população que alguns Batalhões da PM decidiram usar a tecnologia. O aplicativo de conversas ‘Whatsapp’ virou ferramenta de trabalho. O 31°Batalhão de Polícia Militar foi um dos que criaram grupos de conversa com os moradores. O Batalhão cobre as regiões da Barra da Tijuca, Recreio, Vargens Grande, Vargem Pequena, Barra de Guaratiba, Joá, Camorim e Itanhanga.

Morador cria aplicativo para pedir ajuda para polícia — Foto: Reprodução / Tv Globo

Indignado com a violência e com o serviço de 190, o administrador Leonardo Gandelman, morador do Jardim Oceânico, criou, por conta própria, um aplicativo para as pessoas denunciarem crimes e pedirem ajuda da polícia; 'Linha Direta PM'.

"O que a gente sentiu é exatamente isso: essa falta de comunicação direta entre a polícia e a população, porque não existe isso. É através sempre de 190, que são atendentes terceirizados - e a gente desenvolveu de fazer um aplicativo que tivesse mais celeridade pra polícia para tratar desses roubos, entendeu?", explica Leonardo.

Moradores dizem mudar rotinas com medo da violência. “De noite eu evito andar, não me sinto segura aqui não”, revela uma gerente de loja. Para o biólogo Pablo Andrade, o sentimento é o mesmo. “Não me sinto seguro, principalmente nas madrugadas”, conta ele.

A reclamação sobre a falta de policiamento pela Barra da Tijuca é grande. O supervisor de loja Douglas Souza diz que rondas pela região são raras. “Só aparece policiamento quando acontece algum furto, algum delito, na área, entendeu? Mas, fora isso, nada”.

Os índices de criminalidade na área do batalhão cresceram, no último ano. O número de roubos, por exemplo, aumentou 26% entre junho de 2016 e junho de 2017. Só o número de roubo de veículos, especificamente, mais que dobrou.

Alertas feitos por moradores são enviados diretamente para os computadores do batalhão. — Foto: Reprodução / Tv Globo

O aplicativo começou a ser usado há menos de um mês. Por enquanto, só funciona para pontos fixos - casa e comércio. A vítima pode mandar uma mensagem de áudio de até dez segundos. E, na hora, chega na Central do Batalhão da Polícia Militar.

“Primeiro momento é só roubo a residência, mas agora a gente já tá desenvolvendo algumas funções novas, que vão ser para mais coisas, que a gente tá, em parceria com o 31°BPM e com a PM do Rio de Janeiro, a gente tá criando novas funções pro aplicativo. Se o comando geral der o aval, a gente tá em qualquer ponto da cidade, hoje. Aliás, qualquer ponto do estado”, explica Leonardo.

Em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o 12º Batalhão de Policia Militar já utilizava o aplicativo Whatsapp para se aproximar a população. A ideia deu certo e grupos divididos por bairros (Alerta Icaraí, Alerta Jardim Icaraí, Alerta Itaipu, Alerta Pendotiba, Alerta Sapê, Alerta Centro), cresceram ao ponto de esgotar a entrada de moradores na plataforma, limitada em 256 pessoas por grupo.

Para continuar aumentando a comunidade virtual entre policiais e moradores, a ONG Viver Bem, responsável pela administração dos grupos, resolveu migrar todos os grupos de alertas para a plataforma Telegram, onde permite supergrupos de até 10 mil moradores.

Moradores e policiais participam de grupos de alertas no aplicativo Telegram — Foto: Reprodução / Tv Globo

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