Por G1


Furacões Katia, Irma e José estão ativos simultaneamente no Oceano Atlântico — Foto: Arte/G1

As tempestades tropicais José e Katia foram elevadas à furacões de categoria 1 na tarde desta quarta (6) e se somam a Irma, contabilizando agora três furacões simultâneos sobre o Oceano Atlântico, perto do Caribe e dos Estados Unidos.

Irma, o mais forte deles, continua na categoria 5, com ventos de 295 km/h segundo o último boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês). Esta tarde ele chegou às Ilhas Virgens e se aproxima de Porto Rico, depois de provocar enorme devastação no Caribe e provocar pelo menos oito mortes.

O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, afirmou que Barbuda foi "inteiramente devastada" e disse que uma pessoa morreu na ilha. Outras seis mortes confirmadas aconteceram na ilha de São Martinho e uma na de São Bartolomeu, segundo a ministra francesa de Ultramar, Annick Girardin, que embarcou para a região.

Mais fracos, José e Katia subiram à categoria 1 da escala de furacões por volta das 17h40 (horário de Brasília), ao atingirem ventos de 120 km/h com um intervalo de cerca de 20 minutos entre um e outro. José está sobre o Oceano Pacífico e também se dirige ao Caribe, enquanto Katia está sobre o Golfo do México.

Irma pode atingir a Flórida no fim de semana, segundo o NHC, tornando-se a segunda tempestade mais violenta a atingir o território continental dos Estados Unidos em duas semanas. O furacão Harvey causou destruição no Texas e matou mais de 40 pessoas na semana passada. Nesta quarta, o governador do estado da Georgia, Nathan Deal, decretou estado de emergência em seis condados: Bryan, Camden, Chatham, Glynn, Liberty e McIntosh, e o governador da Carolina do Norte decretou emergência em todo o estado a partir das 8 horas de quinta-feira.

— Foto: Arte/TV Globo

Barbuda

"Estamos encolhidos e está ventando muito. O vento é uma grande ameaça. Até agora, alguns telhados foram arrancados", disse à France Presse Garfield Burford, diretor de notícias da rádio e TV ABS da ilha de Antígua, ao sul de Barbuda.

O primeiro-ministro Gaston Browne atrasou sua chegada à Barbuda pelas más condições do clima, e confirmou que uma pessoa morreu na ilha, além de afirmar que a devastão foi quase total.

A maioria das pessoas ficou sem eletricidade em Antígua e Barbuda, e cerca de mil delas iriam passar a noite em abrigos de Antígua. "É muito assustador... a maioria das ilhas está escura, então é muito, muito apavorante", disse.

Meios de comunicação do pequeno território caribenho apontaram que há horas não há praticamente dado algum sobre o que está ocorrendo nestas duas ilhas das Pequenas Antilhas, de acordo com a EFE.

São Bartolomeu e São Martinho

O governo francês anunciou que duas pessoas morreram e duas estão gravemente feridas nas ilhas de São Bartolomeu e São Martinho. São Bartolomeu é um território francês de ultramar e São Martinho é uma ilha dividida em uma parte francesa e outra holandesa.

Na ilha de São Bartolomeu, a estação meteorológica local chegou a registrar rajadas de ventos de mais de 200 km/h. Os relatórios da imprensa local apontam que em São Bartolomeu as próprias equipes de resgate e bombeiros tiveram que interromper os seus trabalhos devido às inundações, que chegaram a superar em alguns edifícios estatais até um metro, segundo a EFE.

A França está preocupada com milhares de pessoas que se negam a buscar refúgio ante a iminente passagem do furacão Irma pelas ilhas caribenha de São Bartolomeu e São Martinho, de acordo com a France Presse.

"A principal preocupação que temos é (...) que afetará espaços muito densos de população, espaços nos quais as residências são, infelizmente, precárias e onde as pessoas se recusam no momento a buscar proteção em quantidade suficiente", declarou a ministra de Ultramar, Annick Girardin.

De acordo com uma fonte da AFP do ministério, quase 7 mil pessoas se recusaram a seguir para abrigos antes da chegada do furacão de categoria 5, a mais elevada na escala que mede o fenômeno, nas duas ilhas que estão em alerta máximo.

Fortes ondas provocadas pelo furacão Irma são vistas em praia de Fajardo, em Porto Rico, na quarta-feira (6) — Foto: Reuters/Alvin Baez

Porto Rico

O governador de Porto Rico, Ricardo Rossello, exortou os 3,4 milhões de habitantes do território norte-americano a buscarem refúgio em um dos 460 abrigos de furacão antes da tempestade, de acordo com a Reuters. A polícia e soldados da Guarda Nacional deve começar a retirar pessoas de áreas sujeitas a inundações no norte e no leste da ilha.

Porto Rico, que decretou estado de emergência na segunda-feira e foi incluído na terça no decreto de emergência federal decretado pelo presidente Donald Trump, deve sentir o impacto de Irma ainda nesta quarta-feira.

O avião que leva o Papa Francisco de Roma (Itália) a Bogotá (Colômbia) alterou sua rota nesta quarta para contornar o furacão Irma, segundo o Vaticano.

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