No aniversário do Maracanã, torcida dá show e apoia Qatar em empate com Paraguai
Foi um jogo de nível técnico muito abaixo de tantos outros que o Maracanã já recebeu. Mas não se pode dizer que o empate em 2 a 2 entre Paraguai e Qatar, pela Copa América, tenha sido um presente de grego para o estádio, que completou 69 anos neste domingo. A partida contou com golaços e com muita irreverência da torcida.
Não que as arquibancadas do estádio tenham ficado lotadas. O público esteve abaixo de muitos duelos do Campeonato Carioca. Havia mais espaços vazios do que ocupados. Assim que o apito inicial foi dado, um silêncio vergonhoso tomou conta do Maracanã. Mas não durou muito tempo.
Aos 2m, a bola cabeceada por Balbuena bateu na mão de Pedro Miguel. Pênalti para o Paraguai, que Oscar Cardozo converteu. Para a alegria dos paraguaios presentes no Maracanã e dos botafoguenses que foram apoiar Gatito Fernández.
Apesar da distância, o Qatar tammbém não pode reclamar de falta de apoio. Muitos brasileiros presentes escolheram a seleção árabe para torcer. Sem muito conhecimento do time, apelaram para a irreverência. Único com nome fácil de ser pronunciado, o zagueiro Pedro foi um dos mais citados, com direito a um grito de "Pedro é melhor que Neymar!".
A adesão em massa não se apenas pela empatia com o time mais fraco. A federação do Qatar distribuiu camisas, bandeiras e cachecóis gratuitamente do lado de fora do Maracanã. O objetivo: aumentar a torcida de sua seleção. Conseguiram.
Dos dois times em campo, o Qatar era o que mais tentou executar uma ideia de jogo. Procurou manter a bola no chão, fez triangulações e valorizou a posse de bola. Mas sofreu com as limitações técnicas de seus jogadores.
Aos 10m da etapa final, o Paraguai já vencia por 2 a 0 (gol de Derlís Gonzalez, do Santos). E o placar só não era maior porque, cinco minutos antes, o VAR anulou o que seria o segundo gol de Oscar Cardozo.
Os torcedores do Qatar já haviam até desistido de empurrar o time. Apelaram para a tradicional "Ola", mais comum no Maracanã em jogos de seleções. Foi aí que as tentativas árabes começaram a dar certo. Aos 22m, Abdullah acertou um chute colocado sem chances de defesa para Gatito. Um golaço que fez a torcida voltar a prestar atenção no jogo com gritos de "Ah! É Abdullah!".
Apesar das limitações, o campeão asiático não abriu mão em momento algum de sua ideia de jogo. Empurrado por gritos como "Vamos virar, Qatar" e "Vai pra cima deles Qatar", chegou ao empate, aos 32m, com Khoukhi. Mesmo não sendo nenhum time carioca em campo, o Maracanã explodiu com o gol.
Ao final da partida, os árabes fizeram questão de agradecer pelo apoio. No dia anterior, durante o treino de reconhecimento, haviam tirado uma foto para guardar de recordação. A experiência deste domingo certamente deixará lembranças ainda melhores.
Com um ponto cada, as duas equipes voltam a campo na quarta-feira pelo Grupo B. Frustrados pelo empate, os paraguaios encaram a lanterna Argentina, no Mineirão. Já os empolgados qataris vão ao Morumbi enfrentar a líder Colômbia.
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