Coronavírus

Por G1


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante evento no Kremlin, em Moscou, na quinta-feira (27) — Foto: Reuters/Evgenia Novozhenina/Pool

O presidente russo, Vladimir Putin, decretou feriado para todo o mês de abril a partir desta sexta-feira (3). A medida para frear o avanço da pandemia do coronavírus e que prevê a manutenção dos salários foi anunciada na quinta-feira (2).

"A ameaça persiste. Os virologistas estimam que o pico da epidemia não foi alcançado", disse Putin em um pronunciamento pela TV. Tomei a decisão de estender o período de dias não laborais até 30 de abril."

Putin ordenou que se mantenham os salários e agradeceu aos profissionais de saúde, assegurando que as medidas adotadas já permitiram "ganhar tempo" frente à epidemia.

'Pior cenário possível'

Na sexta, o primeiro-ministro do país, Mikhail Mishustin, disse que a situação do coronavírus na Rússia ainda pode chegar ao "pior cenário possível". Segundo ele, a epidemia de Covid-19 no país ainda não atingiu o pico.

"Está claro que o pico de infecções ainda não passou e não podemos descartar a situação que está se desenvolvendo no cenário mais difícil", disse Mishustin.

Vladimir Putin e Mikhail Mishustin em cerimônia no dia 15 de janeiro de 2020 — Foto: Alexey Nikolskiy/Kremlin/Via Reuters

Além das lojas de alimentos, as farmácias, os estabelecimentos médicos e outros estabelecimentos comerciais de produtos de primeira necessidade, que podem permanecer abertos, cada região poderá determinar quais empresas e organizações podem funcionar.

Confinamento prorrogado

A cidade de Moscou decidiu prorrogar as medidas de confinamento até 1º de maio. "Devemos ter paciência e coragem. Vamos viver momentos difíceis", escreveu o prefeito da capital, Serguei Sobianin, em seu blog pessoa..

A capital russa, principal foco do coronavírus no país, com 2.475 casos, decidiu confinar sua população e desde a segunda-feira a maioria das regiões russas fizeram o mesmo, sob pena de sanções.

O presidente russo disse que na capital, apesar das medidas, as autoridades não "conseguiram superar a situação".

30 de março - Policiais russos patrulham em frente à Catedral de São Basílio na Praça Vermelha, em Moscou, depois que a cidade e suas regiões vizinhas impuseram isolamento para retardar a propagação do novo coronavírus — Foto: Dimitar Dilkoff/AFP

Comparada com a Europa ocidental ou os Estados Unidos, a Rússia é menos afetada pela pandemia, com 4,1 mil casos, incluindo 34 mortes registradas oficialmente.

Mas a doença avança rapidamente: em 25 de março, antes do primeiro discurso de Putin sobre o tema, havia 495 doentes e nenhum morto.

Medidas econômicas

Putin não fez nenhum anúncio concreto sobre a economia, afetada em cheio pela crise mundial provocada pelo coronavírus, particularmente devido à queda do petróleo e, consequentemente, do rublo.

O chefe de estado, que trabalha em sua casa depois de ter tido contato com um médico infectado, disse que sua prioridade é "salvaguardar os empregos e a renda" dos russos.

Na semana passada, detalhou uma série de medidas socioeconômicas para ajudar as empresas e atividades privadas em dificuldades.

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