Cantora cearense cujos caminhos se cruzaram com os do conterrâneo Belchior (1946 – 2017) desde o fim da década de 1960, Amelinha gravou álbum com músicas do compositor durante cinco dias deste mês de agosto de 2017, no estúdio Canto da Coruja, situado em Piracaia (SP), cidade do interior do estado de São Paulo. O convite para fazer o disco foi feito a Amelinha pelo produtor Thiago Marques Luiz, no calor da emoção da notícia da morte de Belchior, que surpreendeu e entristeceu o Brasil em 30 de abril ao sair de cena no Sul do país.


Previsto para ser lançado no fim de outubro pela gravadora Deck, o álbum foi gravado sob a direção musical de Estevan Sincovitz (guitarra, violões e baixo), integrante da banda formada por Caio Lopes (bateria), Fabá Jimenez (guitarra e violão), Ricardo Prado (teclado, baixo e sanfona) para dar forma ao repertório. O título do álbum deverá ser De primeira grandeza, nome da música lançada por Belchior em 1987. É que o compositor disse certa vez a Amelinha que gostaria de ver a composição na voz da cantora – vista na foto de Murilo Alvesso em sessão de gravação do disco.


No repertório, escolhido pela intérprete com o produtor Thiago Marques Luiz, sucessos do cancioneiro do compositor – como A palo seco (1973) e Paralelas (1975) – se alternam com músicas menos conhecidas de Belchior, casos de Incêndio (Belchior e Petrúcio Maia, 1980) e de Passeio (1974), composição do primeiro álbum do cantor cearense.


(Crédito da imagem: Amelinha no estúdio Canto da Coruja em foto de Murilo Alvesso)