Economia

Colômbia termina contrato de U$ 850 milhões com consórcio da Odebrecht para projeto fluvial

Empresa é acusada de ter feito pagamento de propina de mais de US$ 27 milhões para a obtenção de contratos públicos no país
projeto prevê a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena Foto: Edilson Dantas / Edilson Dantas
projeto prevê a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena Foto: Edilson Dantas / Edilson Dantas

BOGOTÁ - A Colômbia terminou um contrato de US$ 850 milhões com o consórcio Navelena, liderado pela Odebrecht, para a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena, informou o governo colombiano na quinta-feira, acrescentando que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa.

“Estamos cumprindo com o país com a assinatura no dia de hoje desta liquidação tão esperada do contrato com o Navelena, para poder assim avançar com decisão para a transferência para um novo projeto de recuperação do nosso rio Magdalena”, disse a jornalistas Alfredo Varela De la Rosa, diretor da agência responsável pela administração do Rio, a Cormagdalena.

O governo da Colômbia havia declarado o contrato nulo em abril, mas só conseguiu assinar o ato de liquidação bilateral quase seis meses depois. A anulação do contrato foi determinada depois que a Odebrecht, que tinha 87% do consórcio Navelena, não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto nem transferir sua participação para outra empresa, em meio a acusações de corrupção na Colômbia e em outros países da América Latina após a deflagração da operação Lava Jato no Brasil.

Na Colômbia, a Odebrecht é acusada de ter feito pagamento de propina de mais de US$ 27 milhões para a obtenção de contratos públicos, o que levou à prisão ex-funcionários públicos e políticos, além de ter respingado nas campanhas do presidente Juan Manuel Santos em 2010 e em 2014.