Em 48 horas

Maricultura, em Florianópolis Foto: Leonardo Sousa / Prefeitura de Florianópolis - Divulgação

Roteiros em cinco capitais brasileiras têm atrações históricas, gastronômicas e naturais

Veja dicas de passeios em Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Manaus e Florianópolis

por Raphaela Ribas, especial para O Globo

RIO - Em dois dias você pode fazer uma maratona vendo a última temporada da sua série favorita, beber e curar a ressaca, ou, simplesmente, visitar uma capital do país.

Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Brasília e Florianópolis estão a poucas horas de voo do Rio e podem ser exploradas em roteiros de 48 horas que incluem novidades, boa gastronomia, História, sintetizando um pouco de cada região do país.

No Sudeste, Belo Horizonte se destaca com charme peculiar, caracterizado pela hospitalidade mineira. Entre prédios históricos e uma das melhores culinárias brasileiras, selecionamos lugares para bater pernas e comer e beber bem. Entre as novidades, há exposições e passeios. As cervejarias locais vêm fazendo o maior sucesso na capital mineira.

Para quem é fã de praia, Fortaleza e Florianópolis podem ser boas escapadas de fim de semana. Mais distantes, mas com algo em comum: a beleza do litoral.

A capital catarinense é considerada a cidade com praias mais exuberantes no Sul do país e tem gastronomia famosa pelos frutos do mar. Fortaleza, na outra ponta, disputa o título de mais bela do Nordeste e atrai milhares de visitantes brasileiros e estrangeiros, banhistas ou surfistas, que de lá também se distribuem pelo estado em busca de seu belo litoral, esportes radicais e culinária marcante.

Deixando de lado a política, a capital federal Brasília é colírio para os olhos com plano urbanístico, arquitetura modernista e paisagismo assinados por Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx. Dizem, ainda, que a luminosidade do céu por lá é de beleza singular.

E tem Manaus. Com um quê de mistério, a cidade no meio da Amazônia oferece ao visitante passeios diferenciados, como aquele para ver o encontro das águas dos rios Negro e Solimões e desfrutar da típica e ímpar gastronomia local em restaurantes flutuantes.

Belo Horizonte: cultura, feirinha e cervejas

Igreja São Francisco de Assis - Miguel Aun/Acervo PHB

Belo Horizonte — ou, carinhosamente, Beagá e Belô — é o tipo de cidade onde o visitante se sente em casa. A hospitalidade é marca registrada de Minas Gerais. Seja pela mesa farta (de comidas deliciosas), pelas conversas amigáveis na rua ou por seus complexos arquitetônicos e culturais, a capital merece uma visita.

DIA 1

Manhã: delícias da roça. Sabe aquele queijinho mineiro ou goiabada da roça? No Mercado Central essas delícias estão disponíveis em variedade e sabor. Conta-se que em 1929 o então prefeito, Cristiano Machado, decidiu reunir as lojas que abasteciam a cidade e, assim, surgiu há quase 80 anos o famoso mercadão, hoje um dos pontos mais tradicionais da cidade. Tem cerca de 400 lojas, com peças de artesanato, temperos, produtos religiosos e comidinhas. Nos fins de semana, os moradores vão até lá para comer iguarias como fígado com jiló.

Mercado Central. De segunda a sábado, das 7h às 18h; aos domingos e feriados, das 7h às 13h. Av. Augusto de Lima 744. mercadocentral.com.br.

À tarde, a Liberdade . Perto do Mercado Central está o Circuito da Liberdade, com 15 instituições ao redor da Praça da Liberdade, entre museus e centros culturais, com destaque para a diversidade de estilos arquitetônicos de seus prédios revitalizados, que abrem as portas com entrada franca. O Museu das Minas e do Metal se dedica à evolução da mineração e da metalurgia de forma lúdica, criativa e tecnológica. O elevador virtual simula a descida à mina de ouro de Morro Velho, em Nova Lima, com mais de 2 mil metros de profundidade. O prédio mais procurado é o CCBB BH, que, em 2016, recebeu 750 mil visitantes. Até 6/11, está em cartaz a exposição inédita do designer Chico Amaral “Tropikos, anotações sobre o entorno e a pessoa”, com o jogo e a arte como tema central. Em outubro, estão programados festivais de cinema nacional e o de jazz para crianças (o Jazzinho).

O segundo edifício mais visitado do circuito é a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, cujo prédio-sede é de Oscar Niemeyer. Depois, vem o Memorial Minas Gerais Vale, com 31 espaços reais e virtuais sobre a História e os costumes mineiros do século XVIII até hoje. No Museu Mineiro está um acervo de mais de 3.500 peças, com arte sacra, moedas, armas e achados arqueológicos. O circuito tem ainda o Arquivo Público Mineiro, o BDMG Cultural, com programação de música, artes visuais e artes cênicas, a Casa de Minas Gerais e a Casa Fiat de Cultura, com mostras de arte.

CCBB BH. De quarta a segunda, das 9h às 21h. bit.ly/2yjizF7.

Circuito da liberdade. Entrada franca. circuitoculturalliberdade.com.br.

Noite boêmia . A noite segue rumo aos bares do famoso bairro Savassi. Além dos botequins comuns, a dica é esticar até as cervejarias locais no bairro Olhos d’Água. Algumas, como a Backer, oferecem visitas guiadas em suas fábricas, onde são produzidos cinco tipos de cervejas. A pilsen é sempre a mais procurada. O restaurante serve massas, petiscos e sanduíches, com pratos a R$ 40, em média, e tulipa de chope a R$ 9,50. No bairro, a Wäls tem, em um mesmo espaço, o restaurante onde o cliente pode experimentar o chope de 21 torneiras diferentes (os preços variam entre R$ 8,90 e R$13,90), e a fábrica do ateliê, onde se pode fazer o tour e degustar a cerveja que estiver em produção na hora da visitação.

Backer. Tour: R$ 40, aos sábados, às 11h. R. Santa Rita 220, Olhos d'Água.Horários da cerverjaria estão em: cervejariabacker.com.br.

Wäls. Tour: R$ 30, de terça a sexta às 18h30m; aos sábados: às 12h30m e 15h. R. Gabriela de Melo, 566, Olhos D'água Horários do restaurante em wals.com.br.

DIA 2

Compras bem cedo. Se você perguntar a um mineiro o que fazer domingo de manhã, o destino será quase sempre o mesmo: Feira de Arte e Artesanato (a Feira Hippie). Lá, tem de sapato a roupa, bolsa e comida. Chegue por volta das 8h: quanto mais tarde, mais cheio. Feira Hippie. Av. Afonso Pena 1.387.

Desfecho em Pampulha . Siga para a Pampulha para almoçar e conhecer a região, famosa pela arquitetura e beleza natural. Para experimentar a cozinha mineira, há o Xapuri e o restaurante-fazenda Paladino. Outro, conhecido pelo frango a molho pardo, é o Maria das Tranças. O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, erguido na década de 1940 a pedido de Juscelino Kubitschek, é projeto de Niemeyer e, desde 2016, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Ao redor da Lagoa da Pampulha, estão a Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e a Casa Kubitschek — com jardins de Roberto Burle Marx. Belo desfecho para Beagá.

Onde comer. Xapuri: restaurantexapuri.com.br; Paladino: restaurantepaladino.com.br; Maria das Tranças: mariadastrancas.com.br.

Fortaleza: música ao pôr do sol

Beira-mar: a ponte dos Ingleses, na Praia de Iracema, é um dos locais para se apreciar a beleza da orla de Fortaleza - Marcos Moura/ Prefeitura de Fortaleza/Divulgação

Sentar-se em uma praia, com os pés na areia, jogando conversa fora, é uma das melhores formas de curtir a capital do Ceará. Um suco natural de caju e petiscos de caranguejo dão o sabor local ao programa à beira-mar. As águas calmas e esverdeadas do mar cearense são um convite ao descanso. Há várias opções de praias na capital. Algumas são redutos de turistas e concentram restaurantes, show de humor e feira. O projeto “Pôr do sol” é novidade, para curtir o fim da tarde em pontos famosos da orla com apresentações de música ao vivo e gratuitas. Outras praias, mais afastadas, levam o visitante a municípios vizinhos, com atrações para passar o dia.

Dia 1

Explorando a orla . A melhor forma de começar a desbravar Fortaleza é pelas praias. As da orla não são boas para banho, e sim para passear. Então, o sábado pode começar com uma boa esticada no sol, acompanhada de drinques ou sucos naturais e petiscos, na Praia do Futuro, afastada do centro. Lá, as barracas são verdadeiros complexos. Instalam mesas na areia, espreguiçadeiras, e realizam shows de música e de humor. Até piscinas estão entre os atrativos — além do mar. Uma das mais conhecidas e indicada para quem vai com crianças é a Crocobeach. Mais animadas são a Órbita Blue e a Guarderia, que vira baladinha à noite. Na hora do almoço nessas barracas, o caranguejo é, geralmente, o prato principal.

Um passeio um pouco mais longo é ir ao Beach Park, na Praia de Porto das Dunas, município de Aquiraz, a cerca de 40 minutos da capital. O visitante pode passar o dia no parque aquático, ou ficar do lado de fora, na praia, onde há mesas na areia de frente para o mar, à sombra dos coqueiros. As praias de Cumbuco (40 minutos de Fortaleza), no município de Caucaia, e Morro Branco (duas horas), em Beberibe, são outras opções nos arredores.

Praia do futuro. Crocobeach: crocobeach.com.br; Órbita Blue: (85) 3453-1421; Guarderia: guarderiabrasil.com.br.

Beach Park. Ingresso: R$ 215 (adulto) e R$ 205 (criança), beachpark.com.br.

Barco e show de humor. Para quem não vai ao parque aquático, vale fazer à tarde o passeio de escuna de onde se vê a cidade. A saída é na beira-mar na altura de Mucuripe. Na volta, ao descer no mesmo ponto de saída, logo mais à frente tem uma feirinha charmosa na orla. Ali, encontra-se todo tipo de suvenir, principalmente roupas leves, rendas, peças em crochê, doces e castanhas. As passadeiras e toalhas de mesa bordadas são famosas.

Depois do passeio no mar e, possivelmente, um mergulho, é hora de ir ao hotel tomar um banho e se preparar para a noite. O Ceará exporta muitos comediantes. Vale a pena ir a um show de humor. São várias as opções, entre elas, o Teatro do Humor e Cultura Cearense e o Lupus Bier. Para esticar, tem a região boêmia, de clima descontraído, ao lado do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, com vários bares e música na calçada.

Passeio de barco. Saídas de Mucuripe, às 16h. Passeio com duas horas de duração: R$ 50.

Shows de humor. Teatro de Humor e Cultura Cearense: R. Osvaldo Cruz 1, Meireles, facebook.com/TeatroDoHumorCearense; Lupus Bier: R. dos Tabajaras 640; lupusbier.com.br.

Dia 2

Mercadão pela manhã. O dia pode começar no Mercado Central, no Centro. Os produtos se parecem com os da feira na orla, com bolsas e artesanato em geral e doces típicos, mas lá a variedade é maior. E ainda há restaurantes que servem comida local. Das 8h às 18h (segunda a sexta), sábado, até as 17h, domingo, até as 13h. Av. Alberto Nepomuceno 199; mercadocentraldefortaleza.com.br

Dragão do mar. Continuando o passeio pela cidade, se o visitante não almoçar no Mercado, a sugestão é o restaurante Cantinho do Frango, na Aldeota. É sempre muito cheio, mas a espera é compensada pela ótima comida. Destaque para a sobremesa de goiabada cascão com sorvete de queijo.

À tarde, um passeio nos espaços do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura vale a pena. Entre eles, está o Museu da Cultura Cearense, com entrada franca, onde fica a exposição permanente “Vaqueiros” que, através de cenografia, imagens e objetos , conta a história da ocupação do território cearense pela pecuária.

De 6 a 12 de outubro, Fortaleza abriga o 7º Festival Internacional de Teatro Infantil do Ceará (TIC), cujo tema é a diversidade e individualidade da criança, a despeito de raça, religião, cor e gênero. Serão 40 sessões gratuitas com artistas do Brasil e do mundo. As apresentações acontecerão, entre outros locais da cidade, também no Teatro e Anfiteatro do Dragão do Mar. O Planetário está fechado para renovação com previsão de reabertura até o fim do ano.

Cantinho do Frango. Rua Torres Câmara 71, Aldeota; cantinhodofrango.com.

Dragão do Mar. Museu da Cultura Cearense: de terça a sexta, das 9h às 19h, sábado e domingo, das 14h às 21h, Rua Dragão do Mar 81, Praia de Iracema; dragaodomar.org.br

7º Festival Internacional de Teatro Infantil do Ceará (TIC). Confira a programação completa no site do evento: festivaltic.com.br

Música ao pôr do sol. Para terminar o dia, nos três primeiros domingos do mês, acontece nas proximidades do Mercado dos Peixes, em Mucuripe, show ao vivo ao fim de tarde do acordeonista Joais Viana em um barco. Já no último domingo, o espetáculo é na Praia de Iracema, na Ponte dos Ingleses, ao som do pianista Felipe Adjafre. O Mercado dos Peixes é uma atração à parte. Recém- reformado, atualmente reúne 45 boxes onde o cliente encontra peixes, lagostas, camarões, ostras e mariscos frescos, para preparar em casa ou comer ali mesmo. Mercado dos Peixes do Mucuripe. Aberto diariamente até as 22h. Avenida Beira-Mar 3.998.

Brasília: arte e beleza no concreto

Lago Paranoá. Pontão do Lago Sul e Ponte JK, ao fundo - Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Apesar do conturbado cenário político, a bela capital federal, planejada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, tem na arquitetura moderna a sua identidade. Há outros destaques, como o Lago Paranoá, onde diversos bares e restaurantes oferecem uma das melhores vistas da cidade.

Brasília é dividida em Asa Sul e Asa Norte. Quem quiser visitá-la, deve considerar algumas dicas. Nada é muito perto, então, alugar um carro pode ser boa ideia. E, não se contente com a arquitetura imponente das construções apenas por fora. Há muito a ser explorado internamente, principalmente em prédios como os da Catedral e do Palácio do Itamaraty. Por último, use roupas leves (para enfrentar o clima quente e seco) mas confira asregras de visitação: alguns locais não aceitam trajes informais.

Dia 1

Primeiro, a Catedral. O sábado pode começar com a visita à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, a primeira construção na cidade. Um design arrojado para a época e que ainda hoje encanta com suas 16 pilastras em concreto armado. O projeto é de Niemeyer; a obra, do engenheiro Joaquim Cardozo e os painéis de lajota do batistério foram criados por Athos Bulcão. O maior charme é observar, por dentro, a arte dos belos vitrais entre as pilastras.

Catedral Metropolitana. Esplanada dos Ministérios Lote S/N; catedral..org.br

Uma tarde na Esplanada . Além da Catedral, na Esplanda dos Ministérios estão alguns dos principais edifícios da República: Congresso Nacional, Memorial JK, Palácio do Planalto, Museu Nacional, Palácio da Justiça e a Praça dos Três Poderes. No Palácio do Itamaraty, onde funciona o Ministério das Relações Exteriores, destacam-se obras de artistas brasileiros, como Alfredo Volpi, Iberê Camargo, Ione Saldanha e Rubem Valetim. Na Sala dos Tratados, junto ao painel em madeira, “Treliça”, de Athos Bulcão, está a mesa em jacarandá sobre a qual a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo a escravatura, em 13 de maio de 1888. As visitas guiadas são gratuitas, e devem ser agendadas. Um dos locais mais visitados é o Congresso Nacional, onde funcionam a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. O tour institucional percorre os plenários das duas casas, os Salões Verde e Azul, o Túnel do Tempo do Senado e o Salão Nobre da Câmara.

Palácio do Itamaraty. Visitas nos fins de semana às 9h, 11h, 15h e 17h. Agendamento: visita@itamaraty.gov.br, tel.: (61) 2030-8051. Esplanada dos Ministérios.

Congresso Nacional. Tour guiado: quinta-feira a segunda-feira, das 9h às 17h30m. Às quintas-feiras, somente, com agendamento. bit.ly/2hukrnw.

Jantar e bons drinques. Para almoçar ou jantar, vale experimentar a comida nordestina do Mangai — que tem uma filial na Asa Norte e outra no Setor Clube Sul — ou os frutos do mar servidos pelo Nau, que fica próximo à Ponte JK, sobre o Lago Paranoá, e que também poderá ser visitada logo em seguida. Pois, ao fim do dia, a dica é ir apreciar a paisagem, que tem a Ponte JK como pano de fundo, sem dispensar um bom drinque, no Pontão do Lago Sul.

Mangai. Entrequadra Norte 110/111 e SCE Sul, Trecho 2 cj. 26. mangai.com.br.

Nau. SCE Sul Trecho 2, cj. 41. site.naufrutosdomar.com.br.

Dia 2

Do alto da torre. O dia pode começar com a visita à famosa Torre de TV, de onde se vê a Esplanada dos Ministérios do alto. Na descida, passe pela feira de artesanato. Por lá não faltam comidinhas.

Torre de TV. Mirante está aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 19h. A feira de artesanato funciona de sexta-feira a domingo, das 9h às 18h e de terça-feira a quinta-feira, das 9h às 17h, bit.ly/2fN6jFK.

Homenagem a JK. À tarde, o visitante pode ir ao Memorial JK, onde um museu documenta a vida e o legado do ex-presidente Juscelino Kubitschek e, com sua biblioteca particular, objetos pessoais e câmara mortuária etc. Para o fim de tarde, moradores indicam curtir o pôr do sol do mirante Ermida Dom Bosco. Construído às margens do Lago Paranoá, é possível ver a cidade do alto. Dizem que de lá a vista do céu é a mais bonita da cidade.

E, para encerrar a viagem, a sugestão é um jantar no Coco Bambu, que fica no Lago Santé — Asa Norte. A melhor pedida segue o estilo brasiliense, com boa comida, vistas incríveis e a arquitetura destacável que caracteriza a capital federal.

Memorial JK. De terça-feira a domingo, das 9h às 18h. Ingressos: R$10. Eixo Monumental, Lado Oeste, Praça do Cruzeiro. memoraljk.com.br.

Ermida Dom Bosco. Diariamente, das 8h às 22h. Estrada Parque Dom Bosco QL 29, Lago Sul. http://bit.ly/2xsjRRm.

Manaus: Marcos históricos e bares flutuantes

Teatro Amazonas. Uma das arquiteturas mais bonitas da cidade fica no Centro e é aberto à visitação - Fundação Manauscult/Ingrid Anne/Divulgação

Manaus é uma cidade incomum. Combina o rico patrimônio cultural da capital do estado, que inclui um dos mais belos espaços do país, o Teatro Amazonas, à exuberância da maior floresta tropical do mundo ao seu redor, que pode ser explorada em passeios que levam ao ponto de encontro das Águas dos rios Negro e Solimões e observação de botos. Nos dias 20 e 21 de outubro, Manaus aguarda os visitantes para a festa da cidade, o Boi Manaus. E a moda por lá atualmente são os restaurantes flutuantes estilo “baladinha”. Só neste ano abriram três, com festas temáticas, petiscos e drinques mais elaborados. O acesso é por lancha, no Porto de Manaus ou por terra.

Dia 1

Café manauara. Para começar o dia, a sugestão é um tradicional café da manhã manauara no Centro Histórico de Manaus, com uma especialidade da região: o x-caboquinho: pão francês, banana frita, queijo coalho e tucumã, acompanhado de suco natural de frutas locais, como cupuaçu, taperebá e graviola. Pode ser na Casa da Pamonha ou no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, onde tem artesanato também. Alimentado, o visitante pode seguir sua caminhada pelo Largo São Sebastião, um espaço que reúne importantes marcos da História da cidade: a Igreja São Sebastião e o imponente Teatro Amazonas. Por ali, também estão o Paço da Liberdade (Paço Municipal), a Igreja da Matriz e o Relógio Municipal.

Casa da Pamonha. Rua Barroso 375.

Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Rua dos Barés 46.

Teatro Amazonas. De terça-feira a sábado, das 9h às 17h. O ingressos custa R$ 10, bit.ly/2hv0Bwg.

Baladinha à tarde. Para almoçar, há restaurantes nos arredores do centro histórico que servem peixes típicos como tambaqui, matrinxã, jaraqui, sardinha, tucunaré e o pirarucu. Quem quiser estender, tem bares para o fim de tarde. Ou, que tal ir a um restaurante flutuante do estilo baladinha? Esse tipo de programa está em alta em Manaus. A maioria fica no Tarumã, um dos braços do Rio Negro. Chega-se a eles de lancha ou, em alguns casos, através de uma passarela do bar ligado à terra, como no Sun Paradise, que serve peixes e petiscos que custam a partir de R$ 20 — um tambaqui para três pessoas sai por R$ 60. Nesse flutuante, a música é eletrônica, mas às vezes há shows sertanejos nos fins de semana.

Outro conhecido na região é o All Night on the River, com música eletrônica, piscina e petiscos (a partir de R$ 20). Além destes, há outras opções, como: Flutuante da Tia, Abaré SUP and Food, Flutuante Peixe-Boi e Flutuante Ferrugem Rock.

Sun Paradise. Aberto das 9h às 20h/22h, conforme o movimento. Entrada aos sábados e domingos: R$ 20.

All Night on the River. A partir de outubro, abrira às 10h. Entrada cobrada nos fins de semana: R$ 30 (homens) e mulheres (cobrança após as 17h).

Dia 2

Museus vivos. Pela manhã, o destino é o Museu da Amazônia (Musa). Localizado dentro da Reserva Florestal Adolpho Ducke, é um museu vivo, com várias espécies de borboletas, orquídeas, insetos, entre outros. Para o passeio ficar completo, vale subir na torre de observação que tem lá. De uma altura de 42 metros, pode-se observar os pássaros e a floresta.

Nesse clima naturalista, à tarde, a dica é ir ao Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), criado e administrado pelo Exército. São mais de 300 animais como a onça-pintada, arara-azul e vermelha, pantera-negra, cobras jiboia e jararaca e um aquário com espécies exóticas.

Museu da Amazônia. De quinta-feira a terça-feira, das 8h30m às 16h. Site: museudaamazonia.org.br

Zoológico do Cigs. Sab e dom, das 9h às 18h; de terça a sexta, das 9h às 17h. Ingressos por R$ 5. bit.ly/2fM2ssD .

Pelos Rios . Os passeios para o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões e para nadar com os botos são feitos por agências locais, e podem ser realizados no sábado ou domingo. Com saídas do Porto de Manaus pela manhã, o custo médio é de R$ 190. Os passeios duram o dia inteiro e levam o turista também a uma comunidade indígena e ao Parque Ecológico Janauari. O parque fica no Rio Negro, a 7km do centro de Manaus , que tem como principais atrações os igapós e o lago das vitórias-régias.

Fim do dia na Ponta Negra. Finalizando o roteiro, vale ir ao Complexo da Ponta Negra para curtir o pôr do sol tendo o Rio Negro como cenário. O lugar, que parece uma orla de praia de mar, tem áreas de lazer, e quiosques que vendem açaí, tacacá e tapioca.

Floripa: Praias, artesanato e os sabores do mar

Igreja Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis - Prefeitura de Florianópolis/Divulgação

Uma das três capitais do país localizadas em ilhas, Florianópolis (São Luís e Vitória são as outras duas) oferece beleza natural aliada a fartas opções de lazer e entretenimento. Sem dúvidas, o mar é o principal atrativo da “Ilha da Magia”, que tem mais de cem praias catalogadas, algumas pouco exploradas: Lagoinha do Leste, Naufragados do Sul e Lagoinha. Entre as mais famosas destacam-se a dos Ingleses e a badalada Jurerê. Enquanto durante o verão as areias são tomadas por banhistas de todo o país e da Argentina, no inverno as praias fazem a alegria dos surfistas. Entre elas, estão a Barra da Lagoa, a da Joaquina e a Praia Mole.

A capital catarinense é referência na produção de ostras, vieiras e mexilhões, com mais de 90% da produção nacional. Além dos restaurantes, para quem é fã de ostras, em especial, de 11 a 15 de outubro, acontece a Fenaostra, no Mercado Público.

Dia 1

Um pouco de história. Depois de deixar as malas no hotel, que tal começar o passeio por alguns marcos da cidade com uma visita ao Centro antigo e ao Museu Histórico de Santa Catarina? Trata-se de uma linda construção em frente à Praça XV de Novembro. Por ali também estão a Catedral Metropolitana e a Casa da Alfândega, que abriga o projeto Galeria do Artesanato, que reúne cerca de 120 artesãos de várias regiões do estado. Lá, o visitante pode observar as técnicas de trabalho empregadas pelos artesãos enquanto elaboram suas peças.

Para almoçar, a dica é seguir até o Mercado Público. Na praça de alimentação, há restaurantes, inclusive, de frutos do mar. Fora do Mercado, nas ruas ao redor da praça o comércio é diversificado com grandes lojas e venda de artesanato para agradar a diferentes perfis de visitantes.

Museu Histórico de Santa Catarina. Abre aos sábados, domingos e feriados, de 10h às 16h; de terça a sexta, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 5, mas a entrada é gratuita aos domingos. Praça XV de Novenbro 227. mhsc.sc.gov.br.

Mercado Público. Rua Jerônimo Coelho 60. Os horários dos boxes, das lojas e de alimentação variam conforme o dia da semana. Detalhes no site: bit.ly/2xzsRBw.

Casa da Alfândega. Sábados, das 9h às 13h, de segunda a sexta, das 9h às 18h30m. Rua Conselheiro Mafra 141. bit.ly/2hxGWbo.

Bares da lagoa. Mais para o fim de tarde e noite, uma opção para ir além das famosas noitadas em Jurerê Internacional, onde algumas casas só funcionam em alta temporada, é o bairro Lagoa da Conceição, com bares e restaurantes no seu entorno. A região é agradável e, para curtir a noite com música e petiscos, boas dicas são The Black Swan Pub e Books & Beers.

The Black Swan Pub. Rua Manoel Severino de Oliveira 592.

theblackswan.com.br.

Books & Beers. Rua Senador Ivo d’Aquino 103. booksbeers.com.br.

Dia 2

Manhã de Praias. Aproveite a manhã para curtir as praias. Começar pela Joaquina, considerada santuário dos surfistas pelas ótimas ondas, e com boa infraestrutura. Logo depois está a Praia Mole, cuja orla é repleta de bares, restaurantes que promovem música ao vivo e festas com DJs. Na sequência está a Galheta, uma das mais famosas praias de naturismo do Brasil, e aonde se chega por uma trilha de 15 minutos com acesso pela Praia Mole.

Das praias menos conhecidas, vale visitar Lagoinha do Leste, Naufragados do Sul e Lagoinha da Ponta das Canas. Para as duas primeiras, o acesso se dá por outras duas praias, Pântano do Sul e Caieira da Barra do Sul, respectivamente, que ficam a cerca e 30km do Centro. O turista deve deixar o carro nessas praias e seguir por trilhas de, em média, 50 minutos. O indicado é levar água e lanche, pois essas regiões não têm restaurantes ou pousadas.

Já em Lagoinha, que fica ao norte, a cerca de 35km do Centro (depois da Praia da Ponta das Canas), o visitante pode aproveitar para passar a noite, pois há pousadas e restaurantes por lá.

Almoço tardio . Para degustar dos pratos típicos da cidade, destacamos duas opções. Para quem está no sul da ilha em Lagoinha do Leste, Naufragados, ou Ribeirão da Ilha, o Ostradamus serve ostras de 16 maneiras diferentes. Tem ostras com mel, gengibre e flambada ou com abacaxi, figo seco, queijo brie e geleia de pimenta. Até no cardápio de drinques tem ostra no Martini. O prato principal custa a partir de R$ 127 (para dois) e a dúzia de ostras sai por R$ 44.

Estando em Lagoinha da Ponta das Canas (que fica no norte de ilha), além das opções locais, pode encarar cerca de 20 quilômetros ao sul e almoçar e conhecer Santo Antônio de Lisboa. A maioria das fazendas de ostras da cidade fica lá. Um dos locais para degustar bons camarões, vieiras e mexilhões é o Freguesia Oyster Bar, que serve também peixes e camarões frescos. O valor médio de gasto por pessoa é de cerca de R$ 55.

Das praias da Joaquina, Mole e Galheta, que são próximas e ficam no meio da ilha, qualquer uma das opções acima estão a cerca de 20 quilômetros de distância.

Ostradamus. De terça a sábado das 12h às 23h; domingo, das 12h às 17h. Rodovia Baldicero Filomeno 7.640, ostradamus.com.br.

Freguesia Oyster Bar. De segunda a sábado, das 10h à meia-noite; aos domingos, fecha às 18h30m, freguesiaoysterbar.com.