ESTOCOLMO - Um solicitante de asilo uzbeque radicalizado, que matou cinco pessoas com um caminhão em 7 de abril de 2017 em
Estocolmo
, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua por terrorismo.
Rakhmat Akilov
, de 40 anos, que foi preso algumas horas depois do crime, declarou durante o julgamento que teve a aprovação dos representantes do autoproclamado "califado islâmico" no Iraque e na Síria para realizar uma operação suicida em Estocolmo.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nunca reivindicou a responsabilidade pelo ataque, que matou três mulheres suecas, uma delas criança, um britânico e um belga. Akilov foi condenado por cinco homicídios de natureza terrorista e 119 tentativas de homicídio dos transeuntes que estavam na mais movimentada rua de pedestres da cidade. Dez pessoas ficaram feridas no ataque, que durou 40 segundos.
Na prática, os condenados à prisão perpétua na Suécia geralmente cumprem uma média de 16 anos de prisão. Com isso, o tribunal especial na capital, que acompanhou o pedido do Ministério Público, também determinou que Akilov terá de ser deportado quando deixar a prisão e não poderá voltar ao país.
A câmera de um circuito interno de uma loja de Hughstreet, em Estocolmo, mostra o momento em que um
caminhão atropelou e matou várias pessoas na cidade
. Nas imagens, é possível ver pedestres correndo e entrando no estabelecimento desesperados. Logo depois, o veículo passa em alta velocidade.
O caminhão acabou batendo na fachada de uma loja de departamentos. Mas, em vez de explodir, matando mais pessoas e o motorista, como queria Akilov, os cilindros de gás que estavam no interior pegaram fogo e causaram apenas danos materiais.
Ele então fugiu a pé e entrou no metrô, mas foi preso à noite em um posto de gasolina ao norte de Estocolmo após ser identificado por clientes.
Em Lower Manhattan, uma caminhonete avança por uma ciclovia matando ao menos 8 pessoas e ferindo várias. O motorista desce do veículo levando duas armas de brinquedo e é baleado pela polícia. Testemunhas dizem que ele gritou: "Alá é grande"
Barcelona
Em 17 de agosto, uma van branca avançou sobre a calçada da avenida La Rambla, ícone turístico de Barcelona, deixando ao menos 12 mortos e 80 feridos (15 deles em estado gravíssimo). Um suspeito morreu e duas pessoas foram presas, segundo o governo da Catalunha. Um deles é de origem magrebina e criado na França.
Londres
Cinco pessoas, incluindo um terrorista, foram mortas na London Bridge em frente ao Parlamento britânico, e pelo menos outras 40 ficaram feridas em março de 2017, quando um homem avançou contra pedestres e esfaqueou pessoas. Em junho, um atentado semelhante no Borough Market matou 8. O Estado Islâmico reivindicou os ataques.
Israel
Um palestino avançou com um caminhão contra vários soldados israelenses em uma movimentada avenida de Jerusalém, matando quatro pessoas e ferindo 17, em janeiro de 2017. Os soldados não estavam de serviço no momento do atropelamento. O motorista foi baleado e morto no local. Ataque do tipo têm sido recorrentes por palestinos.
Estocolmo
Em abril de 2017, um motorista avançou com um caminhão contra uma multidão numa movimentada rua de pedestres em Estocolmo, deixando ao menos quatro mortos e 15 feridos — nove deles em estado grave. O caso está sendo tratado como ato terrorista pelas autoridades.
Em dezembro de 2016, um jovem tunisiano atropelou uma multidão em um mercado de natal em Berlim. Doze pessoas foram mortas e dezenas feridas no atentado, de autoria do Estado Islâmico. O terrorista Anis Amri, de 24 anos, foi morto a tiros pela polícia italiana depois de ser procurado em toda a Europa.
Nice
Um caminhão atropelou diversas pessoas que estavam assistindo à queima de fogos em comemoração ao 14 de julho, dia da queda da Bastilha, em Nice, no sul da França, matando mais de 80 pessoas. O motorista Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um tunisiano que residia no país, foi morto a tiros. Ele alegou lealdade ao Estado Islâmico.