11/09/2012 19h29 - Atualizado em 11/09/2012 20h39

Dia Nacional do Cerrado é lembrado com preocupação por especialistas

Para professor da UFSCar, metade da área no Brasil já desapareceu.
Em Pirassununga, fotógrafo atua como agente na preservação ambiental.

Do G1 São Carlos e Araraquara

O Dia Nacional do Cerrado, comemorado nesta terça-feira (11), é lembrado com preocupação. Estudos apontam que a área de Cerrado hoje no Estado de São Paulo é de apenas 0,84%, bem inferior aos 14% que já teve. A agricultura sem planejamento e o desmatamento para criar áreas de pastagens são alguns dos motivos que ameaçam esse bioma.

Para o coordenador de Meio Ambiente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), José Salatiel, metade do Cerrado no Brasil já desapareceu. Segundo ele, isso significa que 12 mil espécies de plantas e 1.700 espécies de animais podem estar ameaçadas.

“Toda vez que a gente perde áreas de Cerrado, perdemos um potencial biotecnológico fantástico, tanto para a agricultura quanto para a medicina, farmácia e outros produtos que a gente tem por aí. A gente já utiliza o Cerrado hoje, mas ainda muito timidamente perto do que ele tem de espécie para nos oferecer”, explica o especialista. Salatiel participa de um estudo há cinco meses que vai servir de base para políticas de preservação no país.

Riqueza ecológica
Na USP de Pirassununga (SP), há um exemplo de área reflorestada. Entre as características do bioma na região, a professora Maria Estela Gaglione Moro lembra o quanto a preservação é necessária para a manutenção do clima e dá água. “Onde nós não temos vegetação o clima é mais árido e a temperatura é maior”, ressalta.

José Luis Moura registra em fotos situação na Cachoeira de Emas (Foto: Reprodução EPTV)José Luis Moura registra em fotos situação na
Cachoeira de Emas (Foto: Reprodução EPTV)

O fotógrafo José Luis Moura utiliza as trilhas de uma área em Cachoeira de Emas, no município, para revelar um tipo de vegetação que ainda precisa ser valorizada. O profissional já produziu mais de duas mil fotos. Segundo ele, o espaço é diferente de outros Cerrados por causa da diversidade por metro quadrado.

Moura é também uma espécie de agente ambiental. Faz denúncias e chama a atenção para o que precisa ser mudado. “Fiz um trabalho de formiguinha, acabou dando certo e foi melhorando muito isso na região. Os incêndios, e o lixo diminuíram muito, mas ainda tem muito o que se fazer”, diz.

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