RIO — O silêncio que deveria levar paz ao Bosque da Freguesia tem dado lugar ao medo. Nos últimos meses, o clima é de apreensão entre os frequentadores. Para muitos, há pouca vigilância no local. Juan Tomsic, presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Freguesia (Amaf), diz que tem recebido relatos de crimes no local.
— Soube, por exemplo, que na manhã do dia 13 de agosto uma mulher foi atacada por dois assaltantes no bosque, que a jogaram no chão e roubaram seu celular. Ao narrar o ocorrido a um guarda na guarita, ela ouviu que não deveria andar com celular na mão — conta.
Tomsic diz que o problema é antigo, e já fora discutido em uma reunião da Amaf, em fevereiro, e em outra, do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Jacarepaguá, em agosto. Após esta última, uma carta com reivindicações, incluindo um pedido de mais patrulhamento na área do bosque, foi enviada à Superintendência de Jacarepaguá:
— Ali, à tardinha, fica muito escuro, e é fácil alguém se esconder na mata. E em volta do bosque, à noite, é um breu. Já propusemos melhorar a iluminação e botar câmeras, mas não tivemos qualquer retorno.
A equipe do GLOBO-Barra esteve no Bosque da Freguesia no dia 12 de setembro, no fim da tarde, quando havia guardas nas duas guaritas existentes. Segundo a dona de casa Ludmila da Costa, o problema é que os agentes raramente fazem ronda.
— Não dá para ficar passeando, relaxar — diz ela, que já ouviu relatos de assaltos dentro do bosque.
Responsável pela segurança no bosque, a Guarda Municipal informou, por meio de nota, que agentes do Grupamento de Defesa Ambiental fazem patrulhamento no local 24 horas por dia. Segundo o órgão, a ocorrência de roubo no dia 13 de agosto e a reclamação em relação ao atendimento do guarda estão sendo apuradas.
SIGA O GLOBO-BAIRROS NO TWITTER ( OGlobo_Bairros )