Por Juliana Munaro


São Paulo vira laboratório de startups de mobilidade

São Paulo vira laboratório de startups de mobilidade

O Pequenas Empresas & Grandes Negócios mostra que enfrentar os desafios da mobilidade pode se transformar em faturamento para o empreendedor.

Oito em cada 10 motoristas de São Paulo afirmam que deixariam o carro em casa se tivessem uma melhor alternativa de transporte; sete em cada 10 são a favor da ampliação e da construção de mais ciclovias e ciclofaixas. Com isso, a cidade virou um laboratório de novidades.

Uma das ideias é de bicicletas largadas no meio do caminho, da startup comandada pelo Ariel Lambrecht e dois sócios. Trata-se de um aplicativo de compartilhamento de bikes sem ponto fixo, que o usuário pode deixá-la em qualquer lugar.

A bicicleta funciona com uma trava. A pessoa localiza no mapa do aplicativo onde tem uma disponível: daí é só chegar, usar o leitor de “QR Code” do smartphone para liberá-la e sair andando. Ela funciona num sistema pré-pago, então, a pessoa coloca créditos antes de andar com a bicicleta. Vai contando a cada 15 minutos R$ 1, e quando acabam os créditos, tem que colocar mais.

Desde o lançamento, em agosto, a startup já registrou mais de 100 mil corridas. O consultor de negócios em mobilidade, Rafael Marciano, diz que essas novas soluções que estão surgindo através das startups, são um complemento para o que já está disponível hoje nos grandes centros. Assim, se a pessoa usa o transporte público, consegue complementar ele, ou então, se usa dois, substitui um deles pela bicicleta. Ou ainda pode escolher um patinete elétrico.

O Marcelo Loureiro, que tinha uma empresa de compartilhamento de bicicletas na Califórnia, nos Estados Unidos, vendeu o empreendimento no final do ano passado, época em que apareceu por lá o primeiro negócio de patinetes compartilhado do mundo, e trouxe a ideia para o Brasil.

Ele montou no Brasil um aplicativo, que é parecido com o das bikes. É só baixar o app, se cadastrar com um cartão de crédito, escanear um código de barras e pagar R$ 2,50 para destravar o patinete., e mais 50 centavos por cada minuto. Na disputa por espaço nas ciclovias, Marcelo e Paula Nader, sócia da startup, acham que o patinete tem uma vantagem sobre as bikes, porque é mais fácil da pessoa se equilibrar.

São esperadas 120 mil bicicletas compartilhadas sem ponto fixo até o final de 2019 em SP

Empresas devem colocar 120 mil bicicletas compartilhadas em SP até o fiinal de 2019

Empresas devem colocar 120 mil bicicletas compartilhadas em SP até o fiinal de 2019

Não é só a empresa de Ariel Lambrech que está de olho nesse mercado; há uma previsão de 120 mil bicicletas até o final do ano que vem rodando por São Paulo. O empresário explica que isso impacta não só quem usa o aplicativo e quem usa a bicicleta, mas também quem anda de carro, quem anda de ônibus, o dono de comércio que a bicicleta vai ficar parada na frente.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a super oferta de patinetes elétricos deu errado. Então, o empresário Marcelo Loureiro afirma que toda a construção do crescimento do patinete dele aqui está baseada em aumentar na medida em que a cidade possa acolher. Por enquanto são apenas entre 20 e 40 patinetes por dia nas ruas. Eles só podem circular nas ciclovias e ciclofaixas. Não é permitido que fiquem estacionados em qualquer lugar. Mas, não tem como garantir, por exemplo, que o usuário está usando só na ciclovia. Isso faz parte de um processo de orientação do usuário.

Já a empresa da bike compartilhada não divulga o prejuízo com o vandalismo e diz estar preparada para roubos e furtos. O alarme apita quando a bike está travada e alguém mexe na bicicleta. Ela tem GPS embutido e as peças não têm valor de revenda.

Em São Paulo, 30% das pessoas dizem ter medo de usar as ciclovias por causa dos roubos e furtos. No caso do patinete, existem medidas para inutilizá-lo se for roubado. Com um sistema de rastreador é possível recuperar o patinete em tempo real, porque mostra onde a pessoa está indo e, em até 20 minutos, aparece uma equipe de busca. Um levantamento mostra que existem cerca de 200 startups no setor de mobilidade no país. Por causa da concorrência entre elas podem surgir novas soluções para as cidades.

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