Rio

Maia diz que há conflito entre PM e cúpula da segurança pública do Rio

Presidente da Câmara, no entanto, considera que problema de comunicação com as Forças Armadas foi resolvido
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que há problema na relação da Polícia Militar do Rio de Janeiro com a cúpula da segurança pública. Ele considera, no entanto, que o conflito que havia entre a segurança pública do Estado e as Forças Armadas já está resolvido.

– O Rio vive uma situação muito grave, que não vem de hoje. Acho que há um certo conflito, que foi resolvido nos últimos dias, entre a equipe de segurança pública do Estado e as Forças Armadas. Até o episódio da Rocinha, o estado estava evitando pedir a participação das Forças Armadas nas operações que foram propostas em conjunto. Há um certo problema na relação da corporação da Polícia Militar com a cúpula da segurança pública – afirmou.

Maia disse esperar que as autoridades locais e estaduais pensem em conjunto em uma solução a longo prazo para o Rio.

– Espero que o governador, o secretário, junto com o ministro Jungmann e o ministro da Justiça, que vêm fazendo um bom trabalho em conjunto no Rio, espero que a gente possa nesse curto prazo acalmar o ambiente e pensar efetivamente quais as soluções pro Estado do Rio de Janeiro sair dessa situação. É lamentável a violência ter chegado a esse ponto. Espero que num segundo momento, já com a situação da Rocinha mais calma, a gente possa pensar em conjunto, cada um possa dar a sua contribuição – declarou.

O parlamentar recomendou uma política estratégica das autoridades do estado para combater a crise. Ele também disse, de forma genérica, que o Congresso Nacional pode contribuir com a modernização de leis.

– Sem política de segurança comandada pelo governo do Estado, pelo secretário de segurança, que pense de forma planejada, de forma estratégica, como o Rio vai sair dessa situação, onde as nossas comunidades estão muitas delas comandadas pelo tráfico de drogas? – questionou.