• Pedro Carvalho
Atualizado em
José Carlos Teixeira e Carlos Versiani, do Yasai (Foto: Demian Jacob)

José Carlos Teixeira e Carlos Versiani, do Yasai (Foto: Demian Jacob)

Quando Cláudio Versiani, 48 anos, abriu o restaurante japonês Bentô, em 2009, existiam apenas quatro concorrentes no bairro carioca de Ipanema.

Uma década depois, com a economia sacudida pelo desemprego e pela revolução dos aplicativos, ele precisou repensar seu negócio. “Muita gente começou a fazer comida japonesa e entregar pelos apps. Hoje, existem mais de cem opções do tipo na região”, afirma Versiani.

Uma pesquisa sobre tendências de alimentação levou o empreendedor a apostar no veganismo. Em janeiro, o restaurante foi relançado como Yasai Natural Sushi, um sushi bar vegano onde o cardápio tem um pouco de tudo, menos peixe e outros ingredientes de origem animal.

Sushis servidos no restaurante (Foto: Reprodução)

Sushis servidos no restaurante (Foto: Reprodução)

Considerado o primeiro estabelecimento do gênero na cidade, o Yasai aposta em releituras sofisticadas da culinária oriental. Os peixes foram substituídos por vegetais como cenoura e abobrinha.

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As ovas deram lugar ao sagu. As criações são assinadas pela chef Natalia Luglio, especializada em gastronomia vegana. “Nós quisemos criar uma comida saborosa e elaborada, para atingir um público abrangente. Não adianta pegar um pedaço de fruta, jogar em cima do arroz e chamar de sushi vegano”, diz Versiani, que tem como sócios Caroline Scarpinelli, 33 anos, e seu marido, José Carlos Teixeira, 33.

No Yasai, peixe não entra (Foto: Reprodução)

No Yasai, peixe não entra (Foto: Reprodução)

A receita adotada pelo trio tem funcionado: após um investimento inicial de R$ 400 mil, o faturamento de 2019 deve ultrapassar R$ 1 milhão. A equipe da casa reúne 11 funcionários — e deve crescer.

O fluxo de caixa é reforçado pelos pedidos feitos por aplicativo — a lista de clientes inclui celebridades como Xuxa e Anitta. “Muitos frequentadores são pessoas em transição para uma dieta com menos carne. O mercado vegano é próspero, assim como o dos restaurantes japoneses”, diz Versiani. “Nossa ideia é juntar as duas coisas.”

Dá um like?
Na gastronomia vegana, o visual dos pratos deve ser levado tão a sério quanto o sabor dos alimentos. Fotos compartilhadas nas redes sociais podem colocar o restaurante na timeline de outros adeptos da causa. “Percebemos que os clientes queriam tirar fotos da comida e curtir o momento da refeição. Por isso, abandonamos a ideia de sermos um fast-food”, diz Versiani.

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